Testemunhas filmaram o momento em que ele era segurado no gramado, pouco antes de morrer.
A Polícia Civil investiga a morte de um homem na madrugada da última segunda-feira (4) após ser abordado por seguranças da Rodoviária de Curitiba.
A vítima foi identificada como Anderson Veiga, de 47 anos.
O caso veio à tona após a divulgação de imagens gravadas por testemunhas. No vídeo, três vigilantes imobilizam no gramado um homem que está sem camisa.
Nas imagens os vigilantes parecem pisar sobre a vítima, que se debate e, logo depois, fica inconsciente.
O vídeo mostra que um outro homem, de colete, se aproxima e faz massagem cardíaca. Dois guardas municipais se juntam aos seguranças que chamam o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).
Os socorristas também não conseguem reanimar o homem, que morreu ali mesmo.
Os vídeos foram gravados por um passageiro que estava do lado de fora da rodoferroviária esperando o horário do embarque. Ele não quer ser identificado.
Conforme o amigo dele, que também viu tudo, mas também pediu para não ser identificado, contou que a vítima foi arrastada com truculência até o gramado. De acordo com a testemunha, as agressões duraram quase uma hora.
"Os caras passaram o pé nele, tipo, derrubaram no chão. Aí veio um, pisou no pé, outros dois pisaram nos braços, outro pisou no pescoço dele para deixar ele preso mesmo no chão. Tanto que dá para ver nas filmagens que o pouco que ele consegue mexer assim, as costas, a lombar, que ele tá todo preso no chão ali. E ficaram ali segurando ele o tempo todo, o tempo todo ele tentando sair."
A testemunha diz que o amigo que filmou a cena chegou a tentar se aproximar e perguntar o que estava acontecendo, mas que ficou coagido ao ouvir dos seguranças: "Sai daqui, se não vai sobrar para vocês".
A testemunha afirma que a ambulância levou quase uma hora para chegar e, enquanto isso, os envolvidos ficaram tentando reanimar o homem.
O delegado Thiago Teixeira está responsável pelo caso e afirma que Anderson estava alterado dentro do terminal rodoviário e que, por isso, foi retirado pelos seguranças.
"Aparentava estar drogado ou alcoolizado, ele estava bastante agitado, dizia a todo momento que alguém queria matar ele, achando que estava sendo perseguido e estava, inclusive, perturbando alguns passageiros", afirma.
Segundo o delegado, após os servidores retirarem o homem da rodoviária, chamaram a Guarda Municipal. Ainda conforme Teixeira, o laudo do Instituto Médico Legal apontou que a ação dos policiais não causou a morte de Anderson.
"Não apresentou nenhuma lesão física relevante, apenas um pequeno corte de 5 milímetros, irrelevante para o contexto médico legal e a conduta dos servidores ali, a princípio não contribuíram em nada para o evento morte que foi um infarto que causou a morte do Anderson."
De acordo com o delegado, os vigilantes já foram identificados e ouvidos pela polícia.
A Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pela Rodoviária de Curitiba, disse em nota que está colaborando com a polícia na investigação.
O município disse ter aberto um processo administrativo, junto à empresa terceirizada que faz a segurança do local, para apurar a responsabilidade. A Urbs ainda pediu o afastamento imediato dos seguranças envolvidos no caso.
O g1 procurou a empresa responsável pela segurança da rodoviária, mas não tivemos resposta.
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