Corpo de Michael Lichtenegger foi encontrado no final de outubro, dez dias após desparecimento
A Polícia Civil concluiu que a morte do austríaco Michael Lichtenegger, de 40 anos, em Santa Catarina, ocorreu de forma acidental. A investigação foi feita por meio da Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR) e Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas (DPPD). A conclusão do inquérito já foi entregue ao poder Judiciário.
Michael desapareceu em Florianópolis no dia 19 de outubro deste ano. O corpo do turista foi encontrado dez dias depois, em uma ilha ao sul da capital.
O delegado da DPTUR, Renan Scandolara, disse que a hipótese plausível é que a vítima tenha deixado seus objetos pessoais em sua mochila, a colocado sob o deck de madeira e ingressado no mar da Praia da Joaquina. “O turista havia ingerido bebida alcoólica e o mar encontrava-se bastante agitado e com correntes marítimas significativas, sinalizado com bandeira vermelha. Não havia ninguém junto ao turista, o que indica que ele ingressou sozinho no mar. A falta de retorno do turista à praia para buscar seus pertences é elemento que reforça, por fim, a morte acidental por afogamento do estrangeiro,” disse.
O delegado destacou que o corpo do homem não tinha sinal de violência externa. “Tal fato se alinha com a ausência de indícios mínimos da prática de delitos com violência e/ou grave ameaça: todos os pertences da vítima foram localizados na praia, na forma que ele possivelmente os havia deixado (sem indicativos de latrocínio); não há histórico de conversas em aplicativos de relacionamento que permitam indicar que turista estivesse em risco; e não há elementos de comportamento autodestrutivo da vítima,” explicou Renan.
O caso
O turista austríaco realizava viagem pela América do Sul, com passagens por diversos países do mundo, e foi visto pela última vez na tarde de 19 de outubro de 2023, na Praia da Joaquina, em Florianópolis. Ele já tinha viagem agendada a São Paulo, onde desembarcaria no dia 21 de outubro. Contudo, como nunca chegara na cidade e pela ausência de comunicação com a família há dois dias, noticiou-se o desaparecimento do estrangeiro.
Investigação
A Polícia Civil representou pela quebra de sigilo de dados relativos a aplicativos de encontros, redes sociais e contas em nuvem pertencentes ao austríaco, ao tempo em que se intensificaram as buscas por terra, mar e ar, nas proximidades do local em que o turista tinha sido visto pela última vez.
As autoridades identificaram testemunhas, trajetos e pesquisaram elementos que pudessem confirmar o paradeiro do homem, como imagens de câmeras de vigilância de comércios e residências.
Uma mochila com indícios de pertencer ao turista foi localizada na Praia da Joaquina, sob um “deck” de madeira”, com diversos objetos do estrangeiro, incluindo o telefone celular, sem carga, documentos paraguaios em seu nome, cartões de crédito e roupas.
Durante a investigação, foram ouvidas testemunhas, inclusive pessoas que alegaram ter visto o homem após a data de seu desaparecimento. Foram analisadas câmeras de segurança de tais locais, mas não foram encontrados quaisquer indícios de que turista estivesse circulando pela capital após a data do desaparecimento.
Histórico digital
A Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR) passou a analisar os dados remetidos por companhias detentoras de aplicativos de encontros, redes sociais e contas em nuvem. Dentre o material, foram analisadas conversas, grupos, contatos, dados de conexão e fotografias. As conversas relacionadas em aplicativos de encontros não apontaram qualquer relacionamento ou exposição a risco dele. As redes sociais também não continham elementos de possíveis riscos a que o estrangeiro estivesse exposto.
As fotografias em nuvem também demonstram que, na data do desaparecimento, o turista estava sozinho, tendo feito diversas fotografias e vídeos na Praia da Joaquina, inclusive em ponto próximo onde sua mochila foi localizada.
Testemunhas relataram que o homem continuava a receber mensagens por aplicativos de comunicação em seu telefone até a manhã do dia 20 de outubro. De acordo com a conclusão apresentada pelo delegado Renan Scandolara, a análise dos metadados de conexões resgatados pelas plataformas de tecnologia evidenciam que o telefone ficou conectado à internet até a provável descarga completa da bateria. “O turista havia se conectado à rede pertencente ao restaurante em que esteve por último, que encontra-se próximo ao ponto em que localizada sua mochila, o que indica que a conexão foi mantida em razão dessa rede”, disse o delegado.
Encontro do cadáver e cooperação internacional
O cadáver de um homem foi localizado ao mar nas ilhas Moleques do Sul, em Florianópolis, no dia 29 de outubro. O corpo estava em avançado estado de decomposição, não sendo possível verificar a identidade.
Uma vez que os indícios indicavam se tratar do turista, a Polícia Civil realizou atos de cooperação internacional para auxílio na identificação. Foram acionadas autoridades da Áustria no Brasil, além da Polícia Nacional do Paraguai e Polícia Austríaca, a fim de se obter documentos e prontuários que permitissem a identificação do cadáver. Por meio da cooperação, foram recebidos prontuários dactiloscópicos e documentos odontológicos que permitiram identificar o corpo, com segurança, como sendo do austríaco.
Vinda de familiares ao Brasil
Familiares de Michael viajaram da Áustria para Florianópolis para realizar os ritos funerários e repatriação dos restos mortais, juntamente com autoridades consulares daquele país. Durante o período, os estrangeiros foram assistidos pela DPTUR, que prestou auxílio na liberação do cadáver à família, elaboração de documentos relativos ao óbito e entrega dos objetos pessoais da vítima.
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