Tivi São Lourenço, 02 de maio de 2025
Segurança

Detento que trocava nudes com mulher presa perde benefícios em SC

Ele foi flagrado com celulares, câmera fotográfica, além de monitor com leitor de DVD que continha material pornográfico

Por Oeste Mais

Atualizado em 01/09/2023 | 13:12:00

Um detento da unidade prisional de Blumenau, no Vale do Itajaí, que trocava nudes com outra presa, foi flagrado portando dois celulares e uma câmera fotográfica. O uso dos equipamentos é proibido e, por isso, o homem perdeu benefícios, como a progressão de regime e teve a data-base para cumprimento de pena alterada.

Um processo administrativo disciplinar também foi instaurado para apurar a conduta do apenado.

Em 18 de abril, policiais penais foram conferir a oficina onde ele trabalhava após informações de que, na condição de regalia, ele teria feito um buraco em uma das paredes do local, com abertura de acesso a uma galeria adjacente.

O buraco teria sido aberto para que ele pudesse repassar diversos objetos para uma detenta com quem o investigado tinha um relacionamento amoroso.

Na oficina, os policiais encontraram dois celulares, um carregador e uma câmera fotográfica com fotos de nudez tanto do detento como da detenta, além de uma carta de outro interno e de um monitor com leitor de DVD em uma caixa de madeira fechada com cadeado, que continha conteúdo pornográfico.

O artigo 50 da Lei de Execuções Penais diz que "comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo".

Condenado em primeiro grau, o detento recorreu. Ele argumentou que era responsável apenas pela câmera fotográfica. Disse que os demais itens, como os celulares, não eram dele. Também falou que outros detentos tinham acesso ilimitado ao ambiente onde foram encontrados os objetos.

Porém, a relatora do processo destacou que os próprios agentes de polícia disseram que não tinham a chave de acesso à oficina e que o próprio detento admitiu em interrogatório que usava a câmera fotográfica para trocar imagens com a outra apenada.

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