Diagnóstico de pneumonia foi obtido apenas após a morte da criança, que foi levada pelo menos quatro vezes em dois hospitais de Florianópolis.
Um bebê de quatro meses morreu de pneumonia após a criança receber tratamento para um suposto quadro de gases em Florianópolis, informou a família. O menino foi levado pelo menos quatro vezes em dois hospitais públicos da Capital.
Segundo a mãe da criança, Camila Guedes Correia, um boletim de ocorrência será registrado na quinta-feira (31).
Ao g1 SC, a Polícia Civil informou que, apesar de não ter recebido registro do caso, diante da notícia, está "diligenciando para apurar a situação e investigar a morte".
Relato
Samuel Edson Correia foi levado pelos pais para atendimento médico pela primeira vez em 23 de agosto, uma quarta-feira, no Hospital Florianópolis. Na ocasião, uma médica teria informado ao casal que o bebê poderia estar com gases. Ele foi medicado e liberado no mesmo dia.
Os pais voltaram com a criança ao mesmo hospital no sábado (26). Ele seguia com sintomas, entre eles tosse e bastante choro. O menino foi submetido a exames, que não mudaram o diagnóstico.
Após mais uma noite em claro, a família levou o menino de novo à unidade, mas de lá foi encaminhado ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, referência no atendimento infantil, onde passou por novo raio X.
O diagnóstico teria sido mantido e, após ser medicado com remédio de dor e gases, foi liberado.
"Falei que a fezes estavam com cor diferente, e o médico disse que era normal. Falei que ele não estava mais mamando, e ele disse que era por causa da dor", relata a mãe.
O bebê seguiu com dor em casa, segundo a mãe, mas foi medicado e conseguiu dormir um pouco após uma massagem.
"Não deu nem meia hora e ele acordou gritando muito, com a boca roxa. Logo percebi que estava com falta de ar, corremos para o hospital", comenta.
Quando chegaram, segundo Camila, o bebê não respirava mais.
"Ficaram mais de uma hora fazendo reanimação, não adiantou. O meu filho não voltou. O meu filho morreu nos meus braços, com diagnóstico de gases," disse Camila.
Em nota, o Hospital Florianópolis informou que "os profissionais desta unidade de saúde adotaram todas as medidas previstas nos protocolos clínicos para o caso, buscando salvar a vida da criança".
Já o Hospital Infantil Joana de Gusmão destacou que "não foi evidenciada nenhuma prática indicativa de negligência, imperícia ou imprudência" (notas abaixo).
O que diz o Hospital Florianópolis
O Instituto Maria Schmitt-IMAS, entidade gestora do Hospital Florianópolis, em respeito à sociedade, imprensa e, especialmente aos pacientes e seus familiares, vem a público informar sobre os atendimentos prestados a um bebê neste último domingo, dia 27 de agosto.
Salientamos que de acordo com o prontuário médico, o paciente foi recebido para atendimento no HF no dia 23/08 com sintomas gripais, em bom estado geral, sendo liberado com orientações. Em 26/08 foi reavaliado, permaneceu na unidade para realização de radiografias e exames laboratoriais, sendo constatada estabilidade do quadro naquele momento e sendo realizadas orientações para os familiares. Em 27/08 ao retornar foi constatada a necessidade de encaminhamento ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, unidade de referência para atendimento infantil, para avaliação especializada. No mesmo dia, 27/08, após avaliação e alta do HIJG, o paciente retorna à emergência do HF por volta das 22h30 apresentando-se em parada cardiorrespiratória, sendo realizado 70 minutos de manobras de reanimação, contando também com apoio ágil do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência-SAMU. Infelizmente, o paciente faleceu às 23h50 apesar de todos os esforços.
A Direção e toda a equipe do Hospital Florianópolis lamenta profundamente pela perda e reforça que os profissionais desta unidade de saúde adotaram todas as medidas previstas nos protocolos clínicos para o caso, buscando salvar a vida da criança. Registre-se que toda a equipe agiu empenhada e comprometida a solucionar o caso, sem indícios de qualquer conduta negligente ou imprudente. No entanto, o estado de saúde, já muito comprometido, do menor evoluiu para o óbito.
Por fim, reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a rigorosa apuração de ocorrências, sempre primando pela busca em ofertar a população um atendimento seguro, humanizado e acolhedor, marca registrada do IMAS, nos colocamos à disposição de todos para quaisquer esclarecimentos.
O que diz o Hospital Infantil Joana de Gusmão
A Direção do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) informa que, conforme os registros em prontuário médico, não foi evidenciado nenhuma prática indicativa de negligência, imperícia ou imprudência. Após criteriosa avaliação dos dados registrados em prontuário médico, por todos os profissionais envolvidos, observou-se que o atendimento foi realizado com atenção e zelo.
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