03 de outubro de 2025
Segurança

“Foi surpreendido dormindo”, diz delegado sobre fisiculturista morto pela companheira em Chapecó

Autora teria sido motivada por ciúmes após desconfiar de traições, segundo investigação.

Por Oeste Mais

Atualizado em 01/10/2025 | 10:07:00

O fisiculturista e personal trainer Valter de Vargas Aita, de 41 anos, morto a facadas pela então companheira no dia 7 de setembro deste ano, no apartamento onde residia, em Chapecó, foi surpreendido enquanto dormia, segundo informações divulgadas pela Polícia Civil durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira, dia 1º.

Valtinho, como era conhecido, era natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ele participava de competições de fisiculturismo e mostrava a rotina de treinos e alimentação através das redes sociais, onde acumulava mais de 11 mil seguidores.

De acordo com a Polícia Civil, a então companheira, de 43 anos, foi presa por cometer o crime, que segundo a investigação, foi planejado. Ela teria alegado ciúmes e disse em depoimento que desconfiava de traições do companheiro desde março deste ano.

A autora possui uma condenação pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Conforme a investigação, a autora surpreendeu Valter enquanto ele dormia no quarto, por volta das 7 horas. Os dois se envolveram em um conflito e o homem foi ferido por 21 facadas no abdômen, costas, rosto e pescoço.

Em relato, a mulher disse lembrar de ter desferido apenas três facadas, na jugular, no peito e na barriga. A perícia identificou que seis golpes foram apenas no rosto de Valter, quando ele já estava caído no corredor. A faca utilizada, segundo a polícia, tinha 17 cm de lâmina.

Valter tentou sair do local e deixou vestígios de sangue pelos corredores e escada do prédio, onde foi encontrado já sem vida.

A mulher também ficou ferida, mas foi socorrida e levada em estado grave para o Hospital Regional do Oeste (HRO). No dia 10 de setembro, ela foi presa e encaminhada ao presídio feminino de Chapecó.

Planejamento e ameaças

Ainda de acordo com as informações divulgadas durante a coletiva, em análise feita nos celulares de Valter e da autora, foi possível constatar que o homem já era ameaçado de morte e que a mulher havia comentado sobre a intenção de matar a vítima.

Em uma das mensagens, segundo a polícia, Valtinho chegou a escrever que deixaria uma carta, para o caso de aparecer morto, “vão saber que é você”, teria escrito.

A mulher ainda teria dito dias antes do crime que iria embora de Chapecó após desconfiar das traições, no entanto, conforme a polícia, decidiu que antes de ir, mataria o companheiro. Ainda segundo a investigação, a autora disse que não se arrepende de ter assassinado o homem.

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