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Fisiculturista foi surpreendido enquanto dormia, conseguiu correr para fora do apartamento, mas não resistiu aos ferimentos.
A mulher acusada de matar o companheiro, o fisiculturista Valter de Vargas Aita, de 41 anos, em Chapecó, no Oeste catarinense, chegou a fazer buracos na parede do quarto para observá-lo enquanto ele mexia no celular. A informação foi divulgada pela Polícia Civil nesta quarta-feira, dia 1º.
De acordo com as investigações, a autora utilizava os furos para monitorar o namorado em segredo e chegou a gravar vídeos tentando flagrá-lo. “Tudo indica que esse monitoramento clandestino tenha perdurado por algum tempo antes do crime”, informou a polícia. A mulher confessou que o assassinato foi motivado por ciúmes e suspeitas de traição. “Foi surpreendido dormindo”, diz delegado sobre fisiculturista morto pela companheira em Chapecó
Valter foi morto na manhã do dia 7 de setembro, no apartamento onde vivia com a autora. Ele foi surpreendido enquanto dormia e recebeu cerca de 21 facadas, sendo seis delas no rosto. Mesmo ferido, tentou fugir e pedir ajuda, mas caiu e morreu nas escadarias do prédio, nu e coberto de sangue.
Ameaças e vigilância constante
A análise dos celulares do casal mostrou gravações feitas pela autora, além de trocas de mensagens com ameaças anteriores ao crime. Em um dos áudios, ela afirma que “ele vai pagar pelo que estava fazendo comigo”, enquanto Valter dizia que não aceitaria a ameaça de ser esfaqueado.
Também foram encontradas fotos tiradas pela mulher da vítima dormindo, feitas dias antes do homicídio, e mensagens com ameaças acompanhadas de emojis de faca. Em um dos textos, Valter chegou a dizer que deixaria uma “carta” responsabilizando a companheira se algo lhe acontecesse.
A investigação ainda apontou interações da suspeita com uma inteligência artificial, nas quais demonstrava instabilidade emocional e frustração por desconfiar de infidelidade.
Passagem policial
Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a mulher, de 43 anos, já possuía condenação por latrocínio cometido em 2019, no Rio Grande do Sul. Caso seja condenada pelo Tribunal do Júri, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão, pena que será somada à condenação anterior.
Conforme o delegado Deonir Moreira Trindade, a autora chegou a preparar as malas para deixar o apartamento, mas decidiu matar Valter antes de ir embora. “Ela decidiu que iria embora, mas que antes de ir embora, ela iria matar ele”, afirmou.
Atacado enquanto dormia
Valter foi atacado por volta das 7h, enquanto dormia. Ele recebeu golpes no peito e na jugular ainda na cama. Ferido, tentou escapar do quarto, deixando um rastro de sangue pelos corredores do prédio. Ele chegou a pedir ajuda, mas os vizinhos do prémio, por medo, não chegaram a abrir a porta.
O fisiculturista sofreu facadas no abdômen, costas, rosto e pescoço — os ferimentos provocaram a exposição das vísceras e desfiguraram o rosto.
A suspeita foi presa três dias depois do crime. No momento da prisão, apresentava cortes nas mãos, que, segundo a polícia, foram causados quando a faca escorregou durante os golpes. Ela chegou a ser internada para tratar os ferimentos.
Inicialmente, a mulher afirmou que teria sido agredida por Valter na cozinha enquanto preparava café. No entanto, os laudos periciais não encontraram vestígios de sangue no local, desmentindo a versão apresentada por ela.
Equipes da Polícia Militar e Conselho Tutelar estiveram no local após denúncias.
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