Tivi São Lourenço, 22 de agosto de 2025
Segurança

Justiça dos EUA nega liberdade condicional a Erik Menendez, preso há 35 anos por matar os pais

O irmão dele, Lyle, que também foi condenado pelo duplo assassinato, será ouvido nesta sexta-feira (22). Processo pode durar até quatro meses, e a decisão final cabe ao governador da Califórnia, Gavin

Por g1

Atualizado em 22/08/2025 | 09:57:00

A Justiça dos EUA negou nesta quinta-feira (21) o pedido de liberdade condicional feito por Erik Menendez.

Condenado em 1996 pelo assassinato dos pais junto com o irmão, Lyle, ele foi avaliado pelo Departamento de Serviços de Correções e Reabilitação da Califórnia nesta quinta-feira (21). O episódio ganhou repercussão internacional.

Uma comissão, formada por dois ou três membros, ouviu Erik em um depoimento por videoconferência. Ele está detido em uma prisão em San Diego.

A audiência foi possível depois que, em maio, um juiz da Califórnia decidiu reduzir as penas de Erik e Lyle de prisão perpétua, sem direito à redução, para ao menos 50 anos de reclusão – o que abriu a possibilidade para o pedido. Ambos estão presos há 35 anos.

Para obter a liberdade, segundo o tribunal, ele deveria demonstrar arrependimento e provar que não representa risco à sociedade. O irmão dele, Lyle, será ouvido nesta sexta-feira (22).

O promotor público do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman, se opôs à liberdade condicional de Erik e Lyle Menendez, dizendo que os irmãos "nunca aceitaram totalmente a responsabilidade pelos horríveis assassinatos de seus pais". Ele os acusou de continuar a promover uma "narrativa falsa de legítima defesa que foi rejeitada pelo júri décadas atrás".

Redução de pena
Em maio, o juiz que reduziu as penas dos irmãos afirmou que não cabia e ele decidir se "eles devem ser soltos", mas que "eles já fizeram o suficiente nesses 35 anos para merecer essa chance."

Os irmãos Menendez foram condenados em 1996 à prisão perpétua pelo assassinato do pai, José Menendez, e da mãe, Kitty Menendez. O crime aconteceu na casa da família em Beverly Hills, em 1989. Na época, Lyle tinha 21 anos e Erik, 18.
Os advogados de defesa argumentaram que os irmãos agiram em legítima defesa após anos de abuso sexual por parte do pai.
Já os promotores afirmaram que o crime foi cometido para que os dois ficassem com uma herança milionária.

Durante a maior parte da audiência, os irmãos — que participaram por videoconferência — não demonstraram emoção, mas riram quando uma prima, Diane Hernandez, contou ao tribunal que Erik tirou nota máxima em todas as matérias no semestre mais recente da faculdade.

O caso chamou a atenção do público por décadas e ganhou nova repercussão em 2024, após o lançamento de um documentário. Nos últimos meses, apoiadores dos irmãos viajaram de várias partes dos EUA para participar de manifestações e audiências.

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