Elvio, de 67 anos, e Maria, de 62 anos, estavam juntos há 46 anos.
Um casal morreu em um intervalo de apenas 19 horas, entre a noite de domingo, dia 28, e a tarde de segunda-feira, dia 29, em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. Elvio da Rosa, de 67 anos, e Maria Luiz Reck da Rosa, de 62 anos, se despediram de 46 anos de casamento com o mesmo motivo, uma parada cardiorrespiratória.
Enquanto velavam Elvio, que morreu após um tratamento de oito meses contra um câncer nos pulmões, os filhos Luciano e Igor foram surpreendidos pela notícia da morte da mãe. Maria havia sido internada três dias antes em um hospital de Ijuí, após se sentir mal e descobrir um enfisema pulmonar e problemas cardíacos.
"Sinceramente, acredito que aconteceu da forma menos dolorosa para os dois. A mãe não aguentaria seis meses sem o pai", afirma o filho mais velho, Luciano Reck da Rosa.
Elvio trabalhava em uma repartição pública, enquanto Maria era considerada o "coração" do lar, segundo a família. Os filhos relatam nunca terem visto os pais brigarem.
Durante a semana em que estava internada, Maria sempre chamava por Elvio por volta das 2h20 da manhã, conta o filho Igor Reck da Rosa. Curiosamente, nas últimas horas de sua vida, o pai repetiu a ação e chamou por Maria nesse mesmo horário. "Nunca dormiram separados", diz.
Já internada, Maria disse que não gostaria de ver o marido partir. A nora Márcia Oliveira cuidou da sogra e, emocionada, revelou um dos pedidos dela.
"Ela dizia que não queria ficar e ver seu Elvio partir", afirma.
Além dos filhos, o casal deixou nove netos e um bisneto. Para a família, apesar da dor imensa, há uma sensação reconfortante de que Elvio e Maria partiram juntos.
"Eles escreveram uma história linda de amor juntos, e Deus os levou para continuar essa história em outra dimensão", diz Luciano.
Crime ocorreu na madrugada deste sábado, no Centro da cidade.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina atendeu a ocorrência
Acidente de trânsito aconteceu em Sombrio, no Extremo Sul do estado, na tarde de sexta-feira (27)
Licenciamento estava vencido e condutor não era habilitado.
Homem que realizava serviços de instalação elétrica no local também foi baleado.
Crime ocorreu em 2021, mas foi descoberto em 2025 após exame de DNA confirmar que o homem era também pai do feto.