A ativista Drica D’arc Meirelles, de 35 anos, foi encontrada morta na segunda-feira (1º) após se afogar na Beira-Mar Norte, no centro de Florianópolis, logo após a festa da virada de ano na cidade. Testemunhas disseram aos bombeiros que ela entrou no mar próximo ao trapiche na madrugada, nadou alguns metros e afundou.

Em nota, a Rede Trans da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) confirmou a morte e destacou que Drica era uma "mulher trans negra, estudante de Serviço Social" e ativista dos Direitos Humanos das pessoas trans e travestis.

Além disso, ela era diretora Financeira da Associação em Defesa dos Direitos Humanos com enfoque na população TLGB (ADEH) e participava na elaboração de eventos do movimento LGBTQIAPN+ na cidade.

Os bombeiros receberam o chamado sobre o afogamento às 3h28. Após monitoramento, às 9h de segunda-feira o corpo de Drica foi localizado. O g1 procurou a Polícia Civil, mas não conseguiu retorno até a última atualização do texto.

Em nota, o Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina - Transforma lamentou a morte de Drica e afirmou que ela "foi e continuará sendo uma das vozes que potencializou o evento nos últimos anos".

Outra voluntária da ADEH, a deputada federal suplente Lirous K'yo Fonseca Ávila destacou que Drica era "mulher incrível, de gargalhadas altas e jeito contagiante", além de ótima gestora financeira, apresentadora engraçada e carismática que cativava o público com sua simpatia e elegância.

"Eu não perdi apenas uma amiga, Santa Catarina perdeu uma grande ativista, futura assistente social e uma alma que se doava a qualquer pessoa para resolver os problemas dos outros primeiro, para depois pensar nos seus", escreveu.