Tivi São Lourenço, 19 de maio de 2025
Segurança

17 prefeitos de SC já foram presos em operações do MP em pouco mais de um ano

Nova operação deflagrada na manhã desta sexta-feira cumpre 4 mandados de prisão preventiva e 7 de busca e apreensão no Vale do Contestado.

Por Oeste Mais

Atualizado em 26/01/2024 | 09:10:00

Santa Catarina já teve 17 prefeitos presos desde dezembro de 2022, quando ocorreu a primeira fase da operação “Mensageiro”, conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), órgão de combate à corrupção do Ministério Público (MP). A operação já passou por quatro regiões catarinenses.

Na manhã desta sexta-feira, dia 26, quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, estão em cumprimento por investigação em um município do Vale do Contestado. O nome da cidade não foi informado. A operação deflagrada foi batizada de "Limpeza Urbana".

Na última quarta-feira, dia 24, o prefeito de Barra Velha, Douglas Elias da Costa (PL), foi preso em ação que faz parte da operação “Travessia”, focada especificamente em suspeita de desvios de recursos no município do Litoral Norte de Santa Catarina. O advogado Wilson Pereira Junior, que defende o prefeito, informou ao colunista da NSC, Ânderson Silva, que não tem detalhes sobre as investigações em função do segredo de Justiça.

Operação "Limpeza Urbana"

A ação deflagrada na manhã desta sexta ocorre após investigação realizada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina, pelo Gaeco e o Geac (Grupo Especial Anticorrupção). O trabalho apura crimes de associação criminosa, corrupção passiva e concussão, orquestrados e supostamente praticados por agentes políticos e particulares no município do Vale do Contestado.

“As investigações apuram a notícia de que pessoas interessadas em prestar serviço de limpeza urbana no município eram direcionadas pelos agentes públicos investigados para que contratassem escritórios de contabilidade previamente determinados, impondo-se a contrapartida ilícita de pagamento de 10% dos valores que eles percebiam do município, pagos a título de vantagem indevida mensal. Tal conduta faria com que parte do dinheiro pago pelo município aos contratados para limpar a cidade voltasse para os próprios agentes púbicos investigados, ocasionando enriquecimento ilícito, que se aproxima do valor de R$ 100 mil”, diz nota divulgada pelo Ministério Público.

A operação conta com a participação de cinco promotores de Justiça, 20 policiais e 10 viaturas. “Após o cumprimento dos mandados, os presos serão apresentados para a realização de audiência de custódia. A investigação segue em sigilo”, completa o MP.

  

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