Tivi São Lourenço, 30 de maio de 2025
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Quem era Luiz Dorini, renomado cabeleireiro de SC que morreu aos 43 anos

Profissional talentoso e sensível, Luiz Dorini marcou gerações com sua arte; o cabeleireiro morreu nessa semana em Joaçaba, no Meio-OesteCriativo, apaixonado e dono de um talento raro, Luiz Dorini era

Por ND Mais

Atualizado em 29/05/2025 | 10:52:00

Criativo, apaixonado e dono de um talento raro, Luiz Dorini era muito mais que um cabeleireiro para os amigos e clientes. Visagista e colorista com reconhecimento nacional e internacional, ele transformava cada corte de cabelo, cada coloração, em uma forma de arte.

Dorini morreu na última segunda-feira (29), aos 43 anos, após mais de uma semana internado na UTI do Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Ele não resistiu a complicações de saúde.

Começou sua trajetória profissional aos 16 anos como costureiro. Foi da intimidade com as tesouras que descobriu sua vocação para o universo da beleza.

Em 1999, mudou-se para Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, para concluir o ensino médio. Nunca mais deixou a cidade. Ali construiu amizades sólidas, firmou seu nome como referência no setor e levou o nome de Joaçaba para palcos de prestígio no Brasil e no exterior.

Em 2024, foi convidado a integrar a Intercoiffure Mondial, uma das associações mais renomadas do mundo da beleza, com sede na Suíça. No mesmo ano, brilhou na Beauty Fair, a maior feira de beleza da América Latina.

Atualmente, acumulava 25 mil seguidores em apenas uma rede social, onde compartilhava o dia a dia de seu trabalho.

Solidário e generoso

Dorini também era conhecido por seu espírito solidário e generoso. Engajado em causas sociais, foi um parceiro ativo da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Joaçaba, contribuindo com campanhas de doação de cabelo.

Oferecia cortes gratuitos para quem quisesse doar os fios, que eram utilizados na confecção de perucas para mulheres em tratamento oncológico. Sua tesoura, além de moldar beleza, também devolvia autoestima e esperança a quem mais precisava.

O amor à mãe foi sua marca

Além do talento profissional, Luiz Dorini era conhecido por seu amor à mãe, com quem compartilhava momentos de ternura e cumplicidade, frequentemente registrados nas redes sociais.

Tocando acordeon ou em simples abraços, celebrava a relação com ela com palavras sempre emocionadas. Em uma de suas postagens ao lado dela, escreveu:

“Entre todos os amores que cruzei ao longo da vida eu escolhi você, sempre escolherei você, meu único verdadeiro e eterno amor. Nada na vida que me importa mais que você, razão da minha vida, motivo da minha felicidade.”

Apaixonado por arte e pelo Carnaval

Luiz Dorini também era uma figura marcante no Carnaval. Foi carnavalesco e destaque da Escola de Samba Vale Samba, campeã do Carnaval de Joaçaba de 2025, onde desfilou por anos com fantasias confeccionadas por ele mesmo.

Participou de desfiles também em São Paulo e no Rio de Janeiro, sempre imprimindo sua criatividade e amor pela cultura popular. “Luiz Dorini foi luz, cor e alegria em nossa escola. Mais do que um artista, foi um amigo leal e uma inspiração constante. Seguiremos desfilando com ele em nossos corações”, destacou a escola em nota de pesar.

A despedida

O velório do cabeleireiro Luiz Dorini aconteceu na Capela Mortuária da Funerária São Rafael, no centro de Joaçaba. A cerimônia de despedida foi realizada na última terça-feira (27), com sepultamento no Cemitério Municipal de Lacerdópolis.

Amigos prestaram homenagens nas redes sociais e lembraram com carinho de Luiz Dorini.

“Muito triste com a notícia, mas me sinto grata ao Universo por ter convivido com você, meu amigo! […] Você sempre foi meu entrevistado favorito — e, claro, meu cabeleireiro favorito também. Um ser humano incrível que cumpriu sua missão aqui na Terra e hoje descansa nos braços de Deus”, escreveu uma amiga.

Outro amigo ressaltou sua generosidade. “Ele tinha uma vontade enorme de desbravar o mundo, mas escolheu ficar e cuidar da mãe… um cara que abriu mão dos sonhos para cuidar da família. Vai ficar na história, sim”.

 

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