Tivi São Lourenço, 17 de maio de 2024
Política

Quem é o vereador de Quilombo preso em operação que apura fraude de R$ 19 milhões em cidade de SC

Vereador do PL foi preso na operação que investiga fraudes em licitações. A operação foi na manhã desta quinta-feira (2).

Por ND Mais

Atualizado em 02/05/2024 | 12:05:00

O vereador Nereu Lima (PL) do município de Quilombo, no Oeste de Santa Catarina, foi preso na operação que investiga fraudes em licitações. A operação foi na manhã desta quinta-feira (2).

As informações foram confirmadas pelo delegado da 5ª DECOR/Chapecó (Delegacia Especializada no Combate à Corrupção) responsável pela operação, Vinicius Ritterbuch.

Também foram contatadas a Administração Municipal de Quilombo e a Câmara de Vereadores, ambas ainda também não se manifestaram sobre o caso. A defesa do vereador não foi encontrada até a publicação da reportagem. Os espaços seguem abertos para manifestação.

Entenda o que tornou vereador alvo da operação:

Nove mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão foram cumpridos pela Polícia Civil nos municípios de Quilombo e São Lourenço do Oeste, ambas no Oeste de Santa Catarina, e também em Pato Branco, no Paraná.

A operação, intitulada “Desvio de Rota”, teve como foco o combate a fraudes em licitações, que chegam ao valor de R$ 19 milhões. Ação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (2).

Conforme informações da Polícia Civil, a operação é o desdobramento da apuração de supostas fraudes licitatórias no setor de obras do município de Quilombo. Também são investigadas ações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa.

As investigações demonstraram um aumento nas contratações do setor, com previsões na casa dos R$ 19 milhões — seis vezes maior que a média dos municípios semelhantes.

A polícia detalhou que com as alterações, principalmente subordinadas ao favorecimento e ajuste prévio, levaram à violação da concorrência das licitações por empresas da região, as quais supostamente atuavam em conluio com ocupantes de cargos públicos para serem vitoriosas nas disputas.

Além da decisão judicial pelas prisões e buscas, foram determinadas medidas cautelares, em especial de natureza patrimonial — com bloqueios de ativos dos investigados —, além do afastamento cautelar de duas servidoras do executivo municipal.

A operação contou com a Diretoria Estadual de Investigações Criminais, com a participação da CECOR, Laboratório de Lavagem de Dinheiro e de todas as DECORs do Estado, além das DICs de Chapecó e São Lourenço do Oeste.

Também colaboraram do TCE/SC (Tribunal de Contas de Santa Catarina), MPE/SC, Poder Judiciário e Polícia Científica, nos respectivos âmbitos profissionais.

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