Tivi São Lourenço, 17 de maio de 2025
Segurança

Paranaense preso no Paraguai encabeçava logística de grupo que fornece armas para facções do RJ e SP, afirma ministro paraguaio

Ricardo Luiz Picolotto foi preso em operação nesta terça (19). Arma capaz de derrubar aeronave também foi apreendida na ação.

Por G1/PR

Atualizado em 19/12/2023 | 17:45:00

O paranaense Ricardo Luiz Picolotto, preso nesta terça-feira (19) no Paraguai, é considerado um dos principais articuladores logísticos da organização que abastecia facções do Rio de Janeiro e São Paulo com armas, afirmou o ministro da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, Jalil Rachid.

“Picolotto é uma pessoa com antecedente já, um brasileiro com muitos antecedentes e que também formava parte dessa estrutura. Hoje podemos dizer que essa logística deste grupo era encabeçada por Picolotto”, afirmou o ministro.
O paranaense foi preso nesta terça-feira (19) em uma operação na cidade de Salto Del Guairá, no Paraguai, no limite com Guaíra, no oeste do Paraná. Picolotto também responde por outros crimes no Brasil.

A operação desta terça se concentrou no estado de Canadeyu, que abriga a cidade onde Picolotto foi preso e também onde o grupo tinha maior atuação. Além do paranaense, outros dois brasileiros e sete paraguaios foram presos.

Outros nove suspeitos foram mortos em confrontos com as forças policiais. Uma arma capaz de derrubar aeronaves, metralhadoras e outros armamentos de uso restrito também foram apreendidos na operação.

O ministro afirmou ainda que a organização criminosa era bem estruturada e que o principal mercado do grupo criminoso era o Brasil, mas outros países também recebiam armas e drogas da facção.

Funcionamento da organização criminosa
De acordo com a investigação, o grupo, chefiado por um paraguaio, conhecido por 'Macho', era responsável pelo tráfico de drogas para o Brasil - especialmente para organizações criminosas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Além disso, o grupo é investigado por assassinatos de policiais brasileiros e paraguaios.

A organização se caracterizava por ações de extrema violência contra facções rivais e contra policiais, segundo as investigações.

Picolotto era foragido da Justiça brasileira e estava morando no país vizinho. Em fevereiro de 2021, quando tinha sido visto pela última vez, conseguiu escapar de um cerco da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, em Assunção.

No Brasil, Picolotto é investigado por tráfico de drogas e armas. No Paraguai, 

ele é apontado como sócio de criminosos presos com o arsenal e o responsável pelo fornecimento de armas para o grupo.

Além das prisões, as forças policiais apreenderam um arsenal que inclui armamento capaz de derrubar aeronaves ou perfurar a blindagem de veículos, segundo as forças policiais.

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