Ministério Público apresentou denúncia à Justiça. Motorista estava bêbada, dirigiu na contramão e fugiu a pé depois do acidente.
A mulher de 34 anos acusada de dirigir um veículo embriagada, na contramão e causar um acidente de trânsito fatal em Chapecó foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio com dolo eventual, além de condução de veículo sob efeito de álcool. Ela deve ir a júri popular.
O acidente ocorreu no Acesso Plínio Arlindo de Nês, na BR-480, na madrugada do dia 2 de agosto, por volta das 4h50. A motorista dirigia um Toyota Corolla e atingiu o motociclista Vitor Oro Gracielli, de 26 anos, que não resistiu aos ferimentos. Câmeras de videomonitoramento registraram o momento do acidente. A mulher está presa preventivamente.
As investigações revelaram que, horas antes do acidente, ela teria frequentado bares e casas noturnas da cidade, onde consumiu bebidas alcoólicas, conforme imagens de monitoramento. Durante o trajeto de volta para casa, dirigiu com os faróis apagados e acessou de forma indevida uma rotatória, entrando na contramão da avenida Fernando Machado e, em seguida, da BR-480, onde ocorreu o acidente.
Em uma coletiva de imprensa no último dia 20 de agosto, a Polícia Civil de Chapecó disse que, depois do acidente, a mulher fugiu a pé no local, “abandonando o veículo e a vítima inconsciente sem prestar e nem sequer tentar acionar qualquer socorro”. Já em depoimento, segundo o delegado Deonir Moreira Trindade, ela “não esboçou arrependimento, total indiferença”.
O promotor de Justiça Michel Eduardo Stechinski, titular da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Chapecó, pede que a acusada seja submetida a um júri popular, além da fixação de um valor mínimo para reparação de danos à família da vítima. "No entendimento do Ministério Público, a conduta da ré demonstra total desprezo pela vida alheia, configurando dolo eventual", ressaltou.
O acidente
Vitor conduzia uma motocicleta Yamaha XTZ 150 quando foi surpreendido pelo veículo na contramão. Conforme as investigações, imagens de câmeras de videomonitoramento apontaram que a motorista estava dirigindo na contramão a mais de um quilômetro antes do momento do acidente, desde o curso da Avenida Fernando Machado.
A Polícia Civil também apurou que registros administrativos do Detran de Santa Catarina apontam que o veículo utilizado pela mulher recebeu mais de 30 notificações por infrações de trânsito no período de aproximadamente cinco anos, a imensa maioria em decorrência de excesso de velocidade.
O que é o dolo eventual
O dolo eventual ocorre quando o motorista, mesmo sem desejar diretamente o resultado, assume o risco de produzi-lo. Nesse caso, a motorista, que teria dirigido sob efeito de álcool, em alta madrugada, com os faróis apagados e na contramão, teria assumido conscientemente a possibilidade de causar um acidente fatal. Para o Ministério Público, essa conduta ultrapassa a esfera da imprudência ou da mera negligência, caracterizando dolo eventual, em que o agente aceita o risco de provocar a morte de outra pessoa.
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