Tivi São Lourenço, 25 de junho de 2025
Segurança

Menina relata gravidez e diz que foi obrigada a tomar remédio para abortar após estupros de tio em SC; polícia investiga

Homem tem 46 anos e não foi localizado até a tarde desta terça-feira, segundo a Polícia Militar.

Por G1/SC

Atualizado em 13/09/2023 | 11:38:00

A Polícia Civil de Santa Catarina abriu um inquérito nesta terça-feira (12) para investigar o caso de uma adolescente de 14 anos que relatou ter sido vítima de diversos episódios de estupro e engravidado do próprio tio. O autor dos abusos, de 46 anos, teria dado um remédio ilegal para a vítima cometer o aborto.

O homem não foi localizado até a tarde desta terça, segundo a Polícia Militar. O caso passou a ser acompanhado pelas autoridades depois que a vítima contou a colegas da escola, na segunda-feira (11), que estava sendo abusada pelo menos desde 2017.

Na delegacia da cidade localizada no Litoral Norte onde o caso ocorre, a polícia trata o crime como estupro de vulnerável. A investigação está em sigilo.

Após contar o caso as colegas, na segunda a direção da unidade escolar soube da violência, acionou a mãe da garota e acompanhou ambas até um hospital. Nesta terça, a vítima não foi para a escola e, por isso, a direção acionou a Polícia Militar. Os agentes, então, foram a um posto de saúde na cidade e encontraram mãe e filha aguardando atendimento.

Durante o procedimento a adolescente disse aos policiais que recebeu do homem um medicamento abortivo, que ela ingeriu após ser obrigada por ele. O remédio foi entregue aos policiais, que informaram que a venda dele é proibida no Brasil.

A vítima foi levada pelo Conselho Tutelar até a Polícia Científica para laudos periciais. Até a última atualização do texto, a Polícia Civil aguardava o resultado de um exame para saber se o aborto ocorreu.

Ainda conforme o comunicado da PM à imprensa, em 2017 um boletim de ocorrência foi feito para apurar os abusos, com uma perícia criminal para confirmá-los. À época, o laudo não atestou violência. O g1 procurou a Polícia Científica e questionou o órgão sobre o laudo que havia sido feito na ocasião, mas não teve retorno até a última atualização do texto.

Nesta terça, a Polícia Civil também foi questionada sobre a conduta na primeira denúncia feita e informou que foi instaurado inquérito na época e encaminhado ao Judiciário. O Ministério Público (MPSC) e Tribunal de Justiça (TJ) foram procurados pela reportagem, mas não houve retorno.

Prefeitura acompanha caso
A Prefeitura da cidade, por meio da Secretaria de Educação, emitiu uma nota nesta terça afirmando que "está averiguando os fatos relacionados ao caso" no que compete a conduta da direção da escola.

Os abusos aconteciam no ambiente familiar, segundo relato da estudante aos colegas, informou a prefeitura.

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