Decisão saiu nesta terça-feira (28), na cidade de São João Batista; no total, os dois foram condenados a mais de 60 anos de prisão
Nesta terça-feira (28), mãe e o padrasto de uma menina de 13 anos foram condenados a 37 e a 23 anos de prisão. Ele, por estuprar a enteada. Ela, por auxílio no estupro, omissão, lesão corporal qualificada e maus-tratos. Os crimes ocorreram em São João Batista.
Os abusos teriam se iniciado em janeiro de 2023 e seguido até o dia 14 de outubro de 2024, quando um vizinho ouviu os gritos da menina e chamou a polícia. Na ocasião, mãe e padrasto foram presos em flagrante.
O caso foi denunciado pelo MPSC em novembro de 2024 e a sentença foi proferida pelo Juízo da 2ª Vara da Comarca dois meses após o recebimento da denúncia.
Padrasto aproveitou “oportunidade” para começar a estuprar a filha da mulher
Segundo o que apurou o MP, os abusos sexuais contra a menina teriam iniciado numa oportunidade em que a mãe dela havia deixado a residência por conta de uma briga que teve com o denunciado. Na ocasião, aproveitando-se do fato de estar sozinho com a menina, ele começou a estuprar a filha da mulher sob ameaças de morte.
“A partir de tal fato, o denunciado passou a estuprar a ofendida cotidianamente, quase todos os dias”, relata o promotor de Justiça Marcio Vieira na denúncia, destacando que as práticas sexuais ocorriam sem o uso de preservativo.
Ainda conforme o Ministério Público, algumas vezes a mãe colaborou ativamente para as práticas criminosas, sob ameaças de agressão, de expulsão de casa e até de morte contra a filha. Em uma ocasião, a denunciada chegou a agredir a vítima com uma mangueira para que ela tivesse relação sexual com o denunciado.
Mãe também foi condenada
A mãe da menina foi condenada a 36 anos e oito meses de reclusão, uma vez que autorizava o marido a estuprar a filha. Já o padrasto, a 23 anos e quatro meses de prisão, ambos em regime fechado.
A ré segue no Presídio Feminino de Itajaí e o réu, no Presídio Regional de Tijucas, onde estão desde a prisão em flagrante, ocorrida em outubro do ano passado.
“Fica um sentimento de justiça com relação à menina, que já se encontra acolhida no seio de outra família. Foi um processo que comoveu, inclusive, os agentes de segurança que realizaram a prisão em flagrante, tendo sido bem perceptível na audiência o sentimento deles”, declarou o promotor de Justiça Marcio Vieira.
Violência sexual contra crianças e adolescentes deve ser denunciada
A violência sexual contra crianças e adolescentes é crime e exige a ação de todos. Em caso de suspeita ou conhecimento de casos de abuso, denuncie imediatamente.
O Disque 100 é um serviço gratuito e anônimo disponível 24 horas por dia. Além disso, é possível ligar para a Polícia Militar (190) ou procurar o Conselho Tutelar mais próximo.
Vítima conduzia um Prisma e seguia para o Exército no Paraná quando sofreu o acidente.
Ela alegou legítima defesa porque foi atacada com um facão pelo homem.
Mãe foi encontrada com marcas de violência dentro de casa.
Vítima de 25 anos foi encontrada sem vida por um vizinho, que acionou a polícia.
Menino de 7 anos foi encaminhado de helicóptero ao hospital de Chapecó.
Entre as vítimas estão jovens de 19 e 20 anos, segundo a PRF.