Mariana Michelini está em Santa Catarina se recuperando da operação e possivelmente última cirurgia. Em 2020, uma profissional usou substância polimetilmetacrilato ao invés de ácido hialurônico.
A influenciadora Mariana Michelini, que perdeu o lábio em uma harmonização com PMMA (polimetilmetacrilato) em 2020, fez em Santa Catarina a quinta cirurgia de recuperação da boca. Nas redes sociais, ela compartilha a rotina e procedimentos para mais de 107 mil seguidores.
Ela deve permanecer por cerca de 15 dias em Araranguá, no Sul catarinense, para a remoção dos pontos. "Tenho fé que terei meu lindo sorriso de volta", resumiu Mariana ao g1.
O caso de Mariana começou em 2020, quando realizou um preenchimento labial pela primeira vez, em Matão (SP). Ela disse que foi enganada pela profissional. Ao invés de ácido hialurônico, uma substância permanente, conhecida como PMMA, foi injetada sem seu conhecimento. Meses depois, houve inflamação e ela precisou retirar o lábio.
Desde então, foram cinco cirurgias feitas pelo projeto Leozinho, que proporciona cirurgias gratuitas da reconstrução a pacientes que não podem pagar. Outra paciente que recebe tratamento através da iniciativa é Natani Santos, mordida pelo próprio cachorro em maio.
A quinta cirurgia de Mariana foi feita na quinta-feira (4) no hospital do cirurgião bucomaxilofacial Raulino Brasil, responsável pelo projeto, em Araranguá. Nesta operação, foi tirado um volume que ficava em cima do lábio da paciente, que forçava a boca dela um pouco para baixo.
Também foi feita uma intervenção no lábio inferior de Mariana e uma lipoaspiração na pele abaixo do queixo.
Ainda de acordo com o cirurgião, a expectativa é que essa seja a última cirurgia de Mariana. No entanto, ele ressalta que novas intervenções poderão ser necessárias no futuro, dependendo da evolução do quadro clínico.
A paciente diz que faz uma boa recuperação, com pouca dor. Ela segue em Araranguá. "Precisamos ver como ficará após todo inchaço sumir. E possivelmente eu também retorne ao dermatologista para melhorar o que for possível", resumiu.
Em 2020, a influenciadora realizou um preenchimento labial pela primeira vez, em Matão (SP).
Em junho de 2021, sofreu uma inflamação. Ela recorreu a outro dermatologista, Carlos Roberto Antônio, que constatou o PMMA. Foi necessária a remoção do lábio e buço, pois o material estava rígido e grudado no músculo.
A reconstrução começou em dezembro de 2023, com a formação da parte medial do lábio.
Em junho de 2024, ela passou pelo primeiro enxerto de língua, procedimento que aconteceu outras duas vezes, em julho e novembro.
Mariana fez uma avaliação de todo o processo, desde que soube que teve polimetilmetacrilato injetado na face.
"Sempre fui muito positiva. Desde que foi necessário a remoção da boca, por causa do PMMA, eu não me deixei abater. Eu corri atrás, eu lutei, eu acreditei que algo poderia ser feito. Sempre , mesmo sem boca, eu gostava de me maquiar para me sentir melhor".
Ela contou que conheceu o projeto Leozinho através de uma seguidora. Ela resolveu fazer as cirurgias com Raulino após conversar com ele pelas redes sociais.
A quem procura cirurgias estéticas, Mariana tem conselhos.
"Procurem bons profissionais, vejam a embalagem que estão usando os produtos, pesquisem".
Ela processou a pessoa que fez a injeção de PMMA. Segundo Mariana, a ação judicial segue em andamento. "Meu foco é ficar bem e melhor cada vez mais. E quanto a ela, que a justiça seja feita", resumiu.
O que é o PMMA?
O polimetilmetacrilato (PMMA) é uma substância plástica de caráter permanente, utilizada como preenchedor, às vezes de forma indiscriminada em função de seu baixo custo, podendo gerar reações adversas locais imprevisíveis, que geralmente surgem até anos após a aplicação.
Na medicina, o uso do PMMA iniciou-se na década de 1940, sendo utilizado como cimento ósseo, principalmente, na cirurgia craniofacial e cirurgias ortopédicas.
As indicações de uso aprovadas para os preenchedores à base de PMMA registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não contemplam a utilização indiscriminada para fins estéticos. O uso fora das indicações aprovadas em bula não é regulamentado pela Anvisa.
O produto é autorizado para tratamento reparador, nas seguintes situações:
Correção volumétrica facial e corporal, que é uma forma de tratar alterações de volume provocadas por sequelas de doenças como a poliomielite (paralisia infantil)
Correção de lipodistrofia, alteração no organismo que leva à concentração de gordura em algumas partes do corpo, provocada pelo uso de medicamentos antirretrovirais em pacientes com HIV/Aids (síndrome da imunodeficiência adquirida)
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- Pedidos e informações: (49) 99121-9781 (WhatsApp)
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As inscrições seguem até 25 de setembro de 2025 pelo portal do IFSC.
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