Tivi São Lourenço, 07 de maio de 2025
Segurança

Caso Thiago: polícia conclui que mãe e padrasto foram negligentes na morte de criança de 2 anos, em Londrina

Thiago Rocha despareceu em 10 de junho depois de ir Parque Daisaku Ikeda que está desativado desde 2016. Ele foi encontrado seis dias depois no Ribeirão Três Bocas, a 9 quilômetros do local.

Por G1/PR

Atualizado em 14/09/2023 | 11:49:00

A Polícia Civil concluiu que a mãe e o padrasto do bebê Thiago Rocha foram negligentes na morte do bebê Thiago Rocha. Eles foram indiciados por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar.

Conforme o delegado de homicídios João Reis, o local do desaparecimento era extremamente escuro e perigoso para se levar uma criança. Ele afirmou ainda que ambos conheciam o parque e que foram negligentes ao levar o menino ao local.

"A mãe foi a um local que conhecia, sabia que o local era extremamente escuro e teve a conduta de levar a criança e negligenciou os cuidados. Já o namorado foi imprudente, levou a namorada e o filho dela a aquele local que ele também sabia que a noite é escuro", afirmou o delegado.

Thiago despareceu em 10 de junho depois de ir ao Parque Daisaku Ikeda que está desativado desde 2016 com a mãe e o padrasto. O casal saiu do local de carro e deu falta da criança cerca de dois quilômetros depois.

Os dois retornaram ao parque, mas não encontraram o menino. O corpo dele foi localizado seis dias depois no Ribeirão Três Bocas, a 9 quilômetros do parque.

O delegado informou que a mãe, o padrasto e Thiago estavam em um gramado com desnível em relação ao rio de cerca de 11 metros. A polícia acredita que o menino tenha caído.

O laudo, apesar de ter resultado inconclusivo para a causa do afogamento, não indicou marcas de violência e fraturas no corpo do menino, segundo Rocha.

O inquérito foi concluído e encaminhado para a vara criminal para a continuidade do processo.

Em caso de condenação, ambos podem pegar pena de um a três anos de detenção. Por ser uma criança, a pena pode ser aumentada em um terço.

O delegado acredita, no entanto, que no caso da mãe, ela possa receber perdão judicial, se o juiz entender que o sofrimento causado pela morte do filho já seja a pena dela.

Relembre o caso
Thiago foi visto pela última vez no Parque Daisaku Ikeda, na Usina Três Bocas, um lugar situado na zona rural de Londrina. A mãe dele disse à polícia que estava com o filho e o namorado dela.

O casal contou que começou a organizar os pertences para ir embora e colocou o bebê no carro. No trajeto para casa, quando já estavam a dois quilômetros do parque, eles notaram que o menino não estava no veículo.

Ao retornar para o local, o casal não encontrou Thiago. O Corpo de Bombeiros foi acionado por uma mulher que passava pela região e viu a mãe do menino desesperada.

Imagens de câmera de segurança de um comércio registraram o momento em que o carro da família passa em alta velocidade no local em direção ao parque. 

Parque Fechado
O Parque Daisaku Ikeda está desativado desde 2016 depois de ter sido parcialmente destruído por fortes chuvas. Segundo a Prefeitura de Londrina, responsável pelo espaço, a entrada é proibida, mas não há controle efetivo do acesso.

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