Aracnólogo do Instituto Butantan explica crença popular que associa caranguejeiras à doença viral.
Você já deve ter ouvido falar que encostar em aranha pode causar cobreiro – lesões avermelhadas na pele, acompanhadas de coceira, formigamento, febre e mal-estar. Mas existe algum fundamento científico nisso? Segundo o aracnólogo Paulo Goldoni, tecnologista no Laboratório de Coleções Zoológicas do Instituto Butantan, a resposta é não.
Cobreiro é o nome popular das manifestações que podem ocorrer na pele como consequência da herpes-zóster, doença causada pelo vírus varicela-zoster e que não tem nada a ver com as aranhas. O vírus é o mesmo da catapora (ou varicela), doença comum na infância e prevenível pela vacina tetravalente, disponível na rede pública.
A herpes-zóster, predominante em idosos, acontece quando o varicela-zoster é reativado no organismo após ficar “desativado” por um período. Ele pode levar décadas para se manifestar e, em algumas pessoas, isso nunca acontece.
A palavra “cobreiro” surgiu justamente da ideia de que as lesões na pele são provocadas pelo contato com aranhas, cobras ou até sapos, embora a crença sobre os aracnídeos tenha ganhado mais destaque no imaginário popular. As aranhas associadas ao cobreiro são as caranguejeiras, da família Theraphosidae, grandes e “peludas”.
De acordo com Paulo, esses “pelos” são, na verdade, cerdas modificadas capazes de causar reação alérgica. “O contato com essas cerdas pode provocar uma variedade de respostas. Algumas pessoas podem ficar apenas com vermelhidão e coceira, enquanto outras podem chegar a ter pequenas bolhas e feridas na pele, que acabam sendo confundidas com as lesões da herpes-zóster”, explica.
As caranguejeiras com cerdas urticantes pertencem a uma subfamília específica, a Theraphosinae, distribuída em todo o território brasileiro.
“Algumas espécies têm o hábito de caminhar, em vez de ficar escondidas em tocas. Com isso, acabam sendo mais vistas pelas pessoas, inclusive nas residências. Segundo a crença popular, essas espécies mais ativas seriam responsáveis pelo cobreiro”, diz o especialista.
Conforme o Butantan, as cerdas são usadas como mecanismo de defesa e lançadas quando a aranha se sente ameaçada. Os pelos urticantes podem atingir até os olhos e o trato respiratório, causando irritação intensa. A caranguejeira não é um animal agressivo e esses acidentes só acontecem se as pessoas se aproximam ou tentam segurá-la.
Como diferenciar cobreiro e urticária
As feridas da herpes-zóster costumam aparecer, principalmente no tórax, pescoço e costas, somente de um lado do corpo. Além de coceira, ardor e formigamento, as bolhas podem provocar dores fortes, já que o vírus fica alojado nas células nervosas. A doença é mais comum em idosos e pessoas com sistema imune comprometido. O tratamento é feito com antivirais e existe uma vacina disponível na rede privada de saúde que ajuda a prevenir a infecção.
Já a alergia provocada pelas cerdas da caranguejeira é caracterizada por vermelhidão, dor e coceira intensa no local do contato, não se espalhando por outros lugares do corpo. Também podem ocorrer manifestações sistêmicas, como espirros e tosse. Raramente, pessoas com maior sensibilidade podem ter reações alérgicas mais graves que necessitam de atendimento médico. Já foram descritos, também, casos de inflamação crônica nos olhos.
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