DESTAQUE

Sete pessoas, incluindo uma adolescente, tiveram envolvimento na morte do jovem Jacson Pietro de Lima dos Santos, de 15 anos, no município de Xaxim, no Oeste de Santa Catarina. A informação foi divulgada pela Polícia Civil na noite desta segunda-feira (27). Segundo as autoridades, o crime foi cometido em represália a uma dívida de drogas da vítima, no valor de R$ 1,9 mil.

A polícia informou que a “investigação extremamente complexa” está concluída e envolve várias pessoas de uma facção criminosa. A dificuldade de esclarecimento, segundo a polícia, está relacionada às características do homicídio, praticado durante a madrugada, em local deserto, com ausência de testemunhas oculares e quaisquer câmeras de vigilância que tivessem captado algum vestígio.

O corpo de Jacson foi encontrado por volta das 10 horas da manhã do dia 3 de janeiro deste ano, enterrado em uma área de mata no bairro Santa Terezinha, em Xaxim. O menor estava desaparecido desde o dia 30 de dezembro de 2023. A vítima tinha fraturas expostas e ferimentos de tiros, segundo a polícia.

“Na data do crime, mediante planejamento prévio, os suspeitos aguardavam, clandestinamente, a vítima no local do crime, a qual não tinha conhecimento de que, ao lá se fazer presente, a pedido de uma “amiga”, seria inicialmente torturada e, por fim, teria a sua [vida] ceifada”, relata a Polícia Civil, em nota.

Meses de investigação

Ao longo do trabalho de investigação, nos dias 19 e 29 de janeiro deste ano, a polícia realizou a primeira e segunda fase da “Operação Calífora”, respectivamente, com o objetivo de cumprir mandados de busca, apreensão e prisão contra os suspeitos.

Ao final do inquérito, seis pessoas foram indiciadas pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, emboscada e recurso que tornou impossível a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver, corrupção de menor e porte ilegal de arma de fogo.

Situação dos acusados

Dos indiciados, cinco foram presos ao longo dos últimos meses, mas um ainda está foragido.

Um auto de apuração de ato infracional foi instaurado contra a “amiga” que teria atraído a vítima ao local do crime. A adolescente responde em liberdade.