Tivi São Lourenço, 02 de maio de 2024
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Letícia Sabatella fala sobre ter descoberto autismo aos 52 anos: “foi libertador”

"Sempre fui reconhecida como artista, sonhadora. Até em algumas situações mais abusivas como maluca", revelou a atriz durante entrevista sobre diagnóstico de TEA

Por CNN Brasil

Atualizado em 19/09/2023 | 08:55:00

A atriz Letícia Sabatella recebeu somente aos 52 anos anos, o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), nível um.

Neste domingo (17), em entrevista ao “Fantástico”, ela contou sobre os obstáculos que já enfrentou desde criança.

“Quando eu tinha nove anos, todas as meninas do colégio pararam de falar comigo por causa do meu jeito, eu não entendia por quê”, disse.

A atriz revelou ter uma hipersensibilidade sensorial, principalmente auditiva. Ao ouvir muito barulho ela chega a passar mal. “Parece uma agressão”, explicou.

Letícia Sabatella contou que está lidando aos poucos com a nova descoberta.

“A sensação mesmo foi libertadora. Eu ainda estou nesse flerte de buscar a melhor compreensão sem desespero algum em relação a isso”, falou. “Eu sou uma pessoa muito sensível e a hipersensibilidade é uma característica.”

Questionada sobre as suas reações explosivas, Letícia explicou que todas as vezes que isso aconteceu, teve gatilhos muito fortes.

“Tem a ver com cansaço ou com uma ansiedade, é um hiperestímulo. São situações que, de algum modo, houve uma injustiça de compreensão, mas a minha vontade era de não ter reagido daquela maneira”, desabafou.

Durante a entrevista, a atriz revelou que já foi rotulada até mesmo como maluca.

“Sempre fui reconhecida como pisciana, artista, sonhadora, romântica, idealista. Ou até em algumas situações mais abusivas como maluca, louquinha”, contou.

A primeira vez que Letícia Sabatella falou sobre o diagnóstico foi no podcast “Papagaio Falante”, no começo do mês.

“Eu reconheço que eu estou aprendendo sobre esse assunto, que eu não sei sobre ele. Eu sei sobre mim muito intuitivamente e isso é o valor de um bom diagnóstico para margear o seu caminho, porque uma pessoa que não se conhece fica muito mais suscetível a ser oprimida”. diz Letícia Sabatella.

Em sua rede social, ela vem recebendo muitas mensagens de identificação. “Almejei tanto por este momento de visibilidade global de mulheres autistas com diagnóstico na fase adulta. Sinta-se abraçada com muito afeto”, escreveram.

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