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A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a agressão a chutes contra uma drag queen após a Marcha pela Diversidade de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, no domingo (5).

Imagens que repercutiram nas redes sociais mostram o momento em que a vítima, de 36 anos, leva um chute, caí no chão, e continua sendo agredida por homens na Avenida Atlântica, uma das mais movimentadas do município.

De acordo com o delegado Artur Nitz, a vítima reside em Curitiba (PR) e será ouvida na tarde de quarta-feira (8), através do sistema audiovisual da Policia Civil. Diligências no local dos fatos buscam identificar os autores do crime, que seriam quatro, conforme a investigação.

A Polícia Militar, acionada para a ocorrência por volta das 19h, informou que os agressores não estavam mais no local quando a equipe chegou. Também não foi possível identificá-los com as informações obtidas no momento.

Em nota, a Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina (OAB/SC) informou que "acompanhará os desdobramentos e a apuração dos fatos junto às autoridades de segurança, as quais tomarão as medidas apropriadas para identificar e responsabilizar os agressores". 

Já a Associação das Famílias de Pessoas LGBTQIAPN+, - AFAM Diversa e demais entidades organizadoras do evento classificaram o ato, em nota, como uma "clara demonstração de homofobia, direcionada a todos os participantes desse evento".

O texto também destaca que a organização está em contato com a vítima, "oferecendo todo o apoio necessário, tanto no âmbito médico quanto jurídico, com o intuito de proporcionar uma recuperação adequada e o acesso à justiça" (leia abaixo).

Nota da OAB/SC
A Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da OAB/SC manifesta veementemente seu repúdio diante do inaceitável ato de violência LGBTfóbica ocorrido após a realização da 1ª Marcha pela Diversidade na cidade de Balneário Camboriú, no último domingo, dia 5 de novembro. Nessa ocasião, uma drag queen foi alvo de uma covarde agressão perpetrada por três indivíduos.

Ressaltamos que a Marcha Pela Diversidade foi concebida como um espaço de expressão pacífica, respeitosa e inclusiva, onde se valoriza e celebra todas as formas de diversidade. O objetivo fundamental desta é promover a compreensão e o respeito mútuo, e repudiar qualquer forma de discriminação.

A Diretoria da OAB/SC, através da Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero, informa que acompanhará os desdobramentos e a apuração dos fatos junto às autoridades de segurança, as quais tomarão as medidas apropriadas para identificar e responsabilizar os agressores.

Este triste episódio reforça a necessidade contínua de manifestações como a Marcha pela Diversidade, que têm como propósito combater o preconceito e a homotransfobia, promovendo a inclusão e a aceitação de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou expressão, cor e raça.

Nota da organização do evento
A Associação das Famílias de Pessoas LGBTQIAPN+ - AFAM Diversa e demais entidades organizadoras manifestam seu veemente repúdio aos atos de violência que transcorreram ao término da Marcha Pela Diversidade, realizada no último domingo (5) na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú. Nessa ocasião, uma drag queen foi alvo de uma covarde agressão perpetrada por três indivíduos.

É com profunda indignação que repudiamos a violência contra uma artista da região. Trata-se de uma clara demonstração de homofobia, direcionada a todos os participantes desse evento. Ressaltamos que a Marcha Pela Diversidade foi concebida como um espaço de expressão pacífica, respeitosa e inclusiva, onde se valoriza e celebra todas as formas de diversidade. O objetivo fundamental desta é promover a compreensão e o respeito mútuo, e repudiar qualquer forma de discriminação.

A AFAM Diversa informa que as evidências visuais dos incidentes já foram encaminhadas às autoridades de segurança pública, que, esperamos, tomarão as medidas apropriadas para identificar e responsabilizar os agressores. Além disso, estamos em contato com a vítima, oferecendo todo o apoio necessário, tanto no âmbito médico quanto jurídico, com o intuito de proporcionar uma recuperação adequada e o acesso à justiça.

Este triste episódio reforça a necessidade contínua de manifestações como a Marcha pela Diversidade, que têm como propósito combater o preconceito e a homofobia, promovendo a inclusão e a aceitação de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual, identidade de gênero ou expressão. A luta contra a discriminação é constante e essencial para evitar que casos como este ocorram. A AFAM Diversa permanecerá engajada nessa batalha em prol de uma sociedade mais igualitária e respeitosa.