04 de dezembro de 2025
Política

Enquete conduzida por vereador aponta rejeição de 92% ao aumento de 9 para 11 vereadores em São Lourenço do Oeste

A discussão não é nova na cidade. Durante a legislatura 2009–2012, uma proposta semelhante gerou forte reação popular e contou também com manifestação contrária da ACISLO.

Por Redação TiviNet

Atualizado em 30/11/2025 | 09:00:00

Uma enquete realizada pelo vereador Mauro Michelon sobre o projeto que propõe o aumento do número de vereadores em São Lourenço do Oeste registrou forte rejeição popular à medida. Ao todo, 399 pessoas participaram, e 367 (92%) se manifestaram contra a ampliação de 9 para 11 cadeiras no Legislativo.

Michelon afirmou que o resultado reforça a posição de grande parte da comunidade e anunciou que também votará contrário ao projeto.

Em nota, declarou:

“Em respeito à ampla maioria, e entendendo que este não é o momento para ampliar o número de vereadores — até porque quantidade não significa qualidade ou capacidade — informo que meu voto também será contrário.”

O resultado expressivo reacende o debate público sobre representatividade, custos e prioridades do município.


O projeto em discussão

Apesar da rejeição apontada na enquete, tramita na Câmara o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 02/2025, assinado por sete dos nove vereadores, propondo o aumento de 9 para 11 cadeiras a partir de 2029.

A justificativa apresentada pelos autores cita:

  • Crescimento populacional apontado pelo Censo 2022 e estimativas do IBGE

  • Adequação ao limite constitucional de representatividade

  • Exemplo de municípios catarinenses com população semelhante que já adotam 11 vereadores

Segundo o projeto, a ampliação traria maior representatividade, aumento no debate legislativo e mais articulação política regional.


ACISLO é contrária

A ACISLO (Associação Empresarial e Cultural) divulgou nota pública se posicionando contra o aumento neste momento.

A entidade argumenta que:

  • O atual número de vereadores tem atendido às demandas legislativas

  • O cenário econômico pede responsabilidade fiscal

  • Representatividade não depende apenas de mais cadeiras, mas da qualidade da atuação parlamentar

A associação demonstra ainda preocupação com despesas futuras e com os impactos da Reforma Tributária sobre os municípios.


Tema sensível e já debatido no passado

A discussão não é nova na cidade. Durante a legislatura 2009–2012, uma proposta semelhante gerou forte reação popular e contou também com manifestação contrária da ACISLO.

Agora, o tema volta ao centro do debate, desta vez impulsionado pela manifestação direta da população por meio da enquete e pelo posicionamento público de vereadores.


Próximos passos

O projeto seguirá para análise nas comissões permanentes e, posteriormente, votação em plenário. Caso aprovado, só passará a valer em 2029, sem impacto imediato na legislatura atual.

Enquanto isso, a opinião pública ganha protagonismo no debate — e o resultado da enquete de Michelon reforça um recado claro da comunidade: a maioria não quer aumento no número de vereadores.


 

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