Tivi São Lourenço, 01 de maio de 2025
Segurança

Quem é o pastor de SC preso em operação contra suspeitos de financiar atos golpistas

Paiz ocupa cargo de coordenador técnico do gabinete do presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau. Prisão aconteceu na quinta-feira.

Por G1/SC

Atualizado em 17/08/2023 | 11:06:00

O pastor Dirlei Paiz, de Blumenau, no Vale do Itajaí, é um dos presos na operação da Polícia Federal desta quinta-feira (17) que busca suspeitos de financiar os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), ele tem fotos com o filho do ex-presidente, Jair Renan.

A NSC TV entrou em contato telefônico com a esposa dele, que confirmou que a prisão do marido aconteceu enquanto ele dormia, por volta das 6h. A reportagem buscou o advogado do pastor, que informou estar se inteirando do assunto.

Paiz ocupa atualmente o cargo de coordenador técnico do gabinete do presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Almir Vieira. No portal da transparência, ele recebe um salário de R$ 5.075 mensais.

Segundo o presidente da Câmara, o pastor está trabalhando no gabinete há cerca de 40 dias e, quando foi contratado, não tinha nenhuma informação sobre antecedentes. Após a notícia da prisão, o parlamentar afirmou que irá tomar as providências cabíveis e levará o caso ao setor jurídico.

De acordo com o presidente, Paiz também foi assessor de deputado e trabalhou com outros parlamentares anteriormente. Conforme Almir Vieira, o pastor se colocou à disposição para se candidatar ao cargo de vereador.

Paiz, que se apresenta nas redes sociais como pastor, já foi candidato a vereador pelo Patriota em 2020, e fez 522 votos.

Nas redes sociais, ele já publicou imagens incentivando os atos golpistas em 8 de janeiro e segurando uma placa com as palavras 'queremos intervenção federal'.

Ele também republicou manifestações que ocorreram a partir de outubro de 2022 em frente ao quartel da cidade, onde aparecia incentivando os manifestantes. Ele também já fez menções ao movimento pró-armas.

Preso em Blumenau, o pastor ficou detido no posto da Polícia Federal, que fica em um shopping, até as 10h30. A audiência de custódia acontece nesta tarde.

O g1 tenta contato com a igreja de Paiz, mas até a última atualização da matéria não houve retorno.

Operação
No Estado, são cumpridos três mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão. De acordo com a Polícia Federal, o grupo alvo dos mandados desta quinta é suspeito de ter fomentado o movimento violento chamado "Festa da Selma" – um codinome usado pelos golpistas para se referir aos atos terroristas.

Além de Santa Catarina, há mandados em Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia e no Distrito Federal. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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