10 de setembro de 2025
Segurança

Júri absolve acusado de morte de motociclista após perseguição em Joinville

Henrique Pereira Bastos foi absolvido pelo tribunal do júri em julgamento sobre a morte de Henrique Brun Freire, ocorrida em fevereiro de 2024

Por ND Mais

Atualizado em 10/09/2025 | 09:59:00

O júri realizado nesta terça-feira (9), em Joinville (SC), absolveu Henrique Pereira Bastos, acusado de matar Henrique Brun Freire após uma perseguição de trânsito em 7 de fevereiro de 2024. A decisão encerra um caso que se arrastava há mais de um ano e meio.

A vítima, Henrique Brun Freire, morreu no local após a motocicleta que conduzia ser atingida na traseira por um Ford Focus, dirigido por Henrique Pereira Bastos. Com o impacto, foi arremessado ao chão e não resistiu aos ferimentos.

Júri em Joinville considerou versão da defesa

No julgamento, a defesa de Henrique Pereira Bastos argumentou que não houve intenção de matar, sustentando que o caso se tratava de um acidente. Imagens de câmeras de segurança e outros elementos foram apresentados em plenário.

Segundo a defesa, Bastos teria sido seguido pela vítima por vários quilômetros, entre o local de trabalho e sua casa, na noite do ocorrido, por volta das 23h. O júri acolheu essa versão e concluiu que não houve dolo.

Após mais de 500 dias de prisão, acusado é absolvido

Henrique Pereira Bastos permaneceu em prisão preventiva por mais de 500 dias até o julgamento. Com base nas provas e nos depoimentos apresentados em plenário, o júri decidiu pela absolvição do réu.

A família da vítima, no entanto, aguardava um desfecho diferente. “Nada vai trazer ele de volta, mas a gente torce pela justiça, porque foi meu pai ano passado e, se ele vier a ser solto, pode ser outro pai de família, uma mãe, uma criança”, declarou Ana Brum Freire, filha de Henrique Brun Freire, em entrevista à NDTV RECORD antes do início do julgamento.

Declarações após a decisão do júri

Após o veredito, a advogada de defesa, Aparecida Jesus, afirmou que a decisão reconheceu a ausência de dolo por parte de seu cliente.

“A verdade foi restabelecida. O Tribunal reconheceu que não havia dolo e que Henrique jamais teve a intenção de ceifar a vida de alguém. O que ocorreu foi uma tentativa desesperada de escapar de uma perseguição injusta. Justiça não é vingança, e hoje prevaleceu o direito”, declarou.

 

 

 

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