Família relatou que menino sofreu 33 paradas cardíacas, mas morreu no terceiro hospital em que foi encaminhado.
O menino Bernardo Gomes de Oliveira, de 3 anos, morreu após ser picado por um escorpião-amarelo, em Cambará, no Norte do Paraná. De acordo com a família, ele teve 33 paradas cardíacas e a morte foi confirmada na segunda-feira, dia 14.
Em entrevista à RPC TV, Márcio Oliveira e Bianca Gomes, pais da criança, explicaram que o acidente aconteceu na manhã de domingo, dia 13, quando a família estava se preparando para visitar a avó do de Bernardo. Sozinho, o menino pegou um par de sapatos que estava secando em uma mureta para calçar enquanto esperava o pai pegar as roupas.
"Ele [Bernardo] era uma criança muito esperta. Ele foi procurar o sapatinho dele que estava lá fora, que a minha esposa tinha lavado. Daí, ele pegou e vestiu um e veio mostrar pra mim. Pegou o outro e vestiu. Nesse outro estava o escorpião", explicou o pai.
Em seguida, o menino saiu correndo e gritando por conta da dor. O animal foi encontrado, depois, embaixo de um tapete dentro da casa. O bairro em que a família mora é novo e possui diversos terrenos vazios. Márcio disse que encontrou dois escorpiões no quintal, em junho.
Atendimento
Bernado deu entrada no Hospital Municipal de Cambará às 8h45. Na unidade, ele foi medicado e os pais foram avisados que seria necessária transferência à Santa Casa de Jacarezinho para que fosse aplicado o antiescorpiônico.
Na espera pela ambulância para a transferência, Bernando começou a vomitar e apresentou piora no estado de saúde. A saída foi permitida às 10h17, conforme o município, porque foi solicitado outro veículo com mais equipamentos. Ao chegar à Santa Casa de Jacarezinho, em um trajeto de 20 km, a família relata que não havia a quantidade necessária de antídoto.
"O meu menino precisava de seis ampolas, pelo que eu escutei lá. E lá só tinha cinco. Ele tomou o que tinha lá", contou a mãe à RPC.
Bernardo foi intubado e levado por um helicóptero ao Hospital Universitário (HU) de Londrina. Neste momento, não foi permitido que os pais acompanhassem o menino.
"Demorou [a chegada do helicóptero]. Eu creio que às vezes deve ter acontecido alguma coisa. Ninguém contou", relatou Bianca.
Ela explicou que conseguiu viajar a Londrina com uma ambulância do município de Cambará. Ela chegou às 17h ao HU de Londrina, e foi informada pela UTI que Bernardo havia dado entrada na unidade há meia hora. A morte de Bernardo foi confirmada durante a tarde de segunda-feira.
"Ele era um menino saudável. Sabe aquela criança que corre, cai, levanta e dá risada? Ele era uma criança independente. [...] Para você ter uma noção, o tênis que ele pegou estava muito no alto, mais de um metro e meio de altura. Eu não sei falar para você como é que ele conseguiu pegar aquele tênis", a mãe lembra.
Apuração
Ronaldo Guardiano, secretário municipal de Saúde de Cambará, informou à RPC que a demora para a chegada da ambulância ocorreu porque o veículo atende outras cidades e, antes, estava em Jacarezinho.
O secretário também disse que foi orientado pela 19ª Regional de Saúde, no dia 26 de junho, que a distribuição de soros contra picadas de animais venenosos é feita somente para hospitais referência.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde do Paraná (SESA-PR) disse que abriu um processo de investigação sobre o caso e que "quando é registrado um caso que necessite do insumo [soro], o município deve acionar a Regional de Saúde para atendimento imediato".
"Nesse caso específico a 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho não foi acionada pelo Hospital Municipal de Cambará e nem pela Santa Casa de Jacarezinho. A sede da regional fica a apenas 20 minutos de carro do hospital de Cambará", diz a nota.
Residência não tinha moradores e possuía alvará de demolição, segundo os bombeiros.
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