Com o início do mês de outubro, tem início também a campanha Outubro Rosa, dedicada à conscientização e ao combate ao câncer de mama. A iniciativa busca alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e incentivar os cuidados preventivos, como o autoexame e a realização regular da mamografia.

De acordo com o ginecologista Mauricio Magalhães, do blog Tua Saúde, os sintomas da doença podem surgir de forma isolada ou simultânea e variam conforme o estágio do câncer. O especialista alerta que a presença de um ou mais sinais não confirma o diagnóstico de câncer, sendo essencial procurar um mastologista para avaliação.

Confiras os principais sintomas de câncer de mama:

• Presença de nódulo ou caroço que não dói;

• Mudança na cor do mamilo;

• Saída de líquido pelo mamilo;

• Inchaço ou alteração no tamanho de uma das mamas;

• Aparecimento de ínguas na axila;

• Formação de crostas ou feridas na pele junto ao mamilo;

• Alteração na cor ou forma da aréola;

• Aparecimento de veias na mama que aumentam de tamanho;

• Coceira na mama ou no mamilo;

• Presença de uma retração na mama;

• Mudança nas características da pele da mama, como cor mais avermelhada ou pele mais dura.

A melhor forma de identificar essas alterações é fazer o autoexame regularmente e manter acompanhamento médico, o que permite reconhecer pequenas mudanças logo que surgem. 

Quem pode ter câncer de mama

A doença pode atingir homens e mulheres, embora seja mais frequente nelas. Entre os fatores de risco estão:

→ Idade acima de 50 anos;

→ Histórico familiar de câncer de mama;

→ Obesidade e sedentarismo;

→ Alterações genéticas nos genes BRCA1 e BRCA2.

Existem testes que ajudam a identificar essas mutações genéticas antes do surgimento da doença, oferecendo mais chances de prevenção.

Tipos mais comuns de câncer de mama

O câncer de mama pode se desenvolver de formas diferentes, sendo algumas mais agressivas que outras. Os principais tipos são:

→ Carcinoma ductal in situ (CDIS): em fase inicial, com altas chances de cura;

→ Carcinoma lobular in situ (CLIS): também inicial e de fácil tratamento;

→ Carcinoma ductal invasivo (CDI): o tipo mais comum, podendo causar metástases;

→ Carcinoma lobular invasivo (CLI): mais raro e de diagnóstico difícil;

→ Carcinoma inflamatório: agressivo, porém raro.

Outros tipos menos frequentes incluem carcinoma medular, mucinoso, tubular e o tumor filoide maligno.

Sintomas de câncer de mama avançado

Nos casos mais graves, além do agravamento das lesões mamárias, podem surgir sinais sistêmicos, como náuseas, dor nos ossos, perda de apetite, dores de cabeça intensas e fraqueza muscular. Esses sintomas indicam possível metástase, quando as células malignas se espalham para órgãos como pulmões e cérebro, exigindo atendimento imediato.

Como prevenir

A prevenção passa por hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, prática de exercícios, moderação no consumo de álcool e abandono do cigarro. Além disso, a mamografia é o principal exame para o diagnóstico precoce.

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Sociedade Americana de Radiologia, o exame deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos. Já o Ministério da Saúde recomenda iniciar o rastreio aos 50 anos, a cada dois anos. Mulheres com histórico familiar da doença devem iniciar a mamografia dez anos antes do primeiro caso na família.

O autoexame da mama, feito mensalmente de três a cinco dias após o término da menstruação, também é um importante aliado.