Conforme a investigação, homem teria permanecido horas sozinho com a vítima, mas exames não constataram violência sexual. Inquérito foi finalizado nesta semana.
A irmã do vereador Volnei Lucas Bukoski (PSB), encontrada morta no dia em que o parlamentar tomou posse em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, no início de abril, havia passado mal em uma festa horas antes e sido levada por um desconhecido até a casa dele, conforme o delegado Vagner Papini.
Segundo a Polícia Civil, Izabel Eni Bukoski, 44 anos, morreu no terreno da residência horas depois. O homem, que teria permanecido horas sozinho com a vítima, foi indiciado pelos crimes de falsa identidade e omissão de socorro, com a pena triplicada por causa da morte.
Por serem delitos de menor potencial ofensivo, a prisão dele não foi solicitada. As informações foram divulgadas após conclusão do inquérito, na quinta-feira (17).
Conforme o titular da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Chapecó, a mulher não foi assassinada. Ela teve uma “insuficiência respiratória aguda”, causada por um infarto no miocárdio.
Exames não constataram violência sexual, segundo o delegado. A intenção do suspeito em levá-la para casa não foi informada pela Polícia Civil.
O homem foi interrogado pela polícia no dia seguinte ao encontro do corpo, mas permaneceu em silêncio. Depois, ele fugiu e não foi mais localizado.
Como ocorreu
A investigação aponta que no dia da morte, Izabel estava em uma boate com amigas, quando teve um mau súbito e caiu no chão.
Pessoas que estavam no local a levaram para fora e acionaram o Corpo de Bombeiros e o Samu. No entanto, o homem de 32 anos teria se aproximado do grupo, alegando ser primo da vítima. Conforme o delegado, "ele sequer a conhecia".
"Ele teria passado a dialogar com as pessoas, dando a entender que a situação que aconteceu com a vítima era algo corriqueiro, ou seja, que bastaria levar ela até em casa, que em cerca de uma hora ela melhoria", afirma o delegado.
Durante o trajeto, de acordo com Papini, o condutor e o amigo chegaram a questionar o homem se não seria melhor levar Izabel até o hospital. Ele teria dito que bastava levá-la para casa, já que estava sem documentos e lá ela seria cuidada por uma tia.
"Esse indivíduo se passando por primo da vítima fez com que os demais tripulantes do carro a levassem até a casa dele, e a colocasse na cama dele", afirma Papini.
Lesões
Inicialmente, a Polícia Civil apurava suspeita de homicídio, já que o corpo da vítima possuía algumas lesões. A hipótese foi descartada pelos investigadores.
A polícia acredita que a mulher tenha levantado da cama e morrido após tentar deixar a casa, o que explicaria o corpo ter sido encontrado do lado de fora do imóvel.
"Acreditamos que ela teria levantado da cama, tentado deixar o local e na ocasião teria perdido os sentidos e ido a óbito. Os exames demonstram que ela saiu por ela mesma […]. Já as lesões pelo corpo teriam ocorrido do deslocamento dela do carro até a cama, já que havia um beco e, ali, ela teria sofrido escoriações nos braços e pernas", destaca Papini.
O homem foi interrogado pela polícia no dia seguinte ao encontro do corpo, mas permaneceu em silêncio.
Relembre
Izabel Eni Bukoski foi encontrada morta após uma mulher passar pela casa e a ver caída no chão, por volta das 13h30 de 3 de abril, no bairro São Pedro. A Polícia Militar foi ao local e verificou que não havia pessoas na residência.
O delegado Vagner Papini, responsável pelo caso, informou que Izabel foi retirada de dentro de um carro, onde estavam três pessoas, e deixada no terreno da casa por volta das 2h daquele dia.
A mulher é irmã do ex-vereador Volnei Lucas Bukoski (PSB), que soube da morte dela no dia que tomou posse na Câmara Municipal de Chapecó. Ele substituiu, por 30 dias, a a vereadora Marcilei Vignatti (PSB).
Também é investigado se menino sofreu violência sexual. Caso aconteceu em Balneário Piçarras.
Enquanto a ocorrência era atendida, sobreveio a informação de que “duas vítimas deram entradas no hospital, uma com disparo de arma de fogo e outro com lesões cortocontusas na região da cabeça“.
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