04 de dezembro de 2025
Tivi Entrevista

O enxadrista lourenciano que fez do esporte da mente uma trajetória de vida

Anderson Consoli carrega participações em torneios nacionais e internacionais, vitórias marcantes e o compromisso de fortalecer o esporte nas escolas.

Por Redação TiviNet

Atualizado em 17/11/2025 | 19:42:00

O xadrez é parte da vida do lourenciano Anderson Consoli há quase três décadas — e essa trajetória, que começou ainda no Ensino Fundamental, hoje o coloca entre os atletas mais experientes e atuantes da região. Aos 27 anos de dedicação à modalidade, ele carrega participações em torneios nacionais e internacionais, vitórias marcantes e o compromisso de fortalecer o esporte nas escolas.


Começo inesperado que virou paixão

Anderson conheceu o xadrez no final do Ensino Fundamental, durante as aulas de Educação Física.

“Quando chovia e não dava para ir para a quadra, nasceu o xadrez”, relembra.

Desde então, nunca mais deixou o tabuleiro.


Estudo, evolução e treinadores

Nos primeiros anos, o aprendizado foi autodidata: livros eram a principal forma de estudo.

“Era a única forma naquela época”, conta.

Na última década, porém, teve acompanhamento de treinadores e mestres de outras regiões, que ajudaram a ajustar estratégias e corrigir ideias.


Competições marcantes

Ao longo da carreira, Anderson construiu um currículo expressivo. Entre os momentos que mais marcaram:

  • Floripa Chess Open 2022 — o maior torneio das Américas, com enxadristas de 17 países. “Tive um desempenho acima da média, boas vitórias e muito aprendizado.”

  • Pan-Americano 2024, em Balneário Camboriú — onde terminou empatado com o terceiro colocado.

  • Vitória sobre um Mestre da Federação Internacional (FIDE) em Foz do Iguaçu, em fevereiro de 2024 — partida que considera uma de suas melhores.


O fascínio pelo jogo

O que atrai Anderson é o desafio intelectual:

“Desafio mental, individual e com possibilidades infinitas”, define.

Ele lembra uma curiosidade impressionante:

“A partir do lance 4, existem mais possibilidades de jogadas no xadrez do que átomos no universo”, brinca.

Entre as lições que leva da modalidade para a vida, destaca: disciplina, foco, estudo, tomada de decisão e controle do tempo.


Ano cheio de torneios e preparação para o JASC

Anderson teve um ano intenso: competiu mensalmente nos três estados do Sul do Brasil. Agora, se prepara para seu próximo grande compromisso:

JASC – Jogos Abertos de Santa Catarina
23 a 29 de novembro em Chapecó

Evento considerado por ele “o estadual de xadrez mais forte do Brasil”.


Sonhos e metas

Apesar de todo histórico competitivo, Anderson afirma que hoje seus objetivos vão além de títulos pessoais.

“Agora que já temos um clube de xadrez bem ativo, o desejo é levar o xadrez mais forte para as escolas e fazer o povo entender a importância que a Europa e o restante do mundo dão ao xadrez como ferramenta educacional.”


Estudos e inspirações

Mesmo com a agenda apertada, ele continua estudando o jogo por livros e aplicativos.

Sua maior referência?

Magnus Carlsen, norueguês, número 1 do mundo há mais de 12 anos.

“A compreensão de meio-jogo e finais dele é algo muito superior”, finaliza Anderson.

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