Tivi São Lourenço, 07 de junho de 2025
Segurança

Turista argentina xinga de 'macacos' funcionários de pedágio em SC e é indiciada por racismo

Caso ocorreu em Bombinhas. Segundo delegado, mulher cometeu o crime pelo menos 3 vezes.

Por G1/SC

Atualizado em 15/12/2023 | 09:49:00

Uma turista argentina de 32 anos foi indiciada nesta quinta-feira (14) por racismo pela Polícia Civil após xingar funcionários do pedágio da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) de Bombinhas, cidade de praia do Litoral Norte de Santa Catarina. Ela chamou os trabalhadores de "macacos" e "negros de m*" em pelos menos três ocasiões, conforme o delegado Renan Balbino.

Tudo começou no final do mês de novembro, conforme a Polícia Civil. De acordo com as investigações, uma família de argentinos se recusava a parar os veículos no pedágio na entrada da cidade, alegando serem isentos do pagamento, já que possuem imóvel no município.

Porém, de acordo com a Polícia Civil, todo veículo com placa estrangeira, ainda que isento, deve parar e apresentar o documento com QR code de isenção para ser liberado. Isso esses turistas se recusavam a fazer. Apenas placas brasileiras isentas podem passar direto.

A Polícia Civil teve acesso a cinco vídeos feito por funcionários do pedágio e, em três deles, aparece a mulher ofendendo os funcionários (veja acima). Os crimes ocorreram em ao menos três oportunidades diferentes, e sempre praticado pela mesma mulher.

O delegado entendeu que as ofensas raciais não eram direcionadas a pessoas específicas, mas a qualquer brasileiro que estivesse presente, tendo como motivação única e exclusivamente a procedência nacional daquelas pessoas (Brasil).

Segundo ele, isso se enquadra ao previsto no artigo 20 da lei 7.716/89, que define como crime praticar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. A pena prevista é de prisão de um a três anos e multa.

A turista foi indiciada pelo crime de racismo praticado por três vezes, de forma continuada. O inquérito foi enviado ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O órgão informou que recebeu o documento, mas não havia atualizações até a publicação desta notícia sobre o que será feito em relação ao caso.

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