Cléo Borba atirou contra a própria cabeça depois de matar Andréia Sotoriva. O casal tinha um filho de 6 anos e o homem também era pai de uma adolescente, de outro relacionamento.
O homem que matou a ex-companheira a tiros em Maravilha, no Oeste de Santa Catarina, morreu no hospital dois dias depois do crime. Cléo Borba, de 39 anos, atirou contra a própria cabeça depois do feminicídio. Ele estava internado em um hospital de Chapecó e teve a morte confirmada nesta sexta-feira, dia 15. A família decidiu doar os órgãos.
O crime ocorreu no final da tarde de quarta-feira, dia 13. Andréia Sotoriva, de 38 anos, foi atingida por disparos de arma de fogo em uma loja no Centro de Maravilha. Ela chegou a ser socorrida, mas teve a morte confirmada quando chegou no hospital. O corpo de mulher foi sepultado na tarde de quinta-feira, dia 14, no município de Campo Erê, também no Oeste.
Cléo e Andréia eram pais de um menino de 6 anos. O homem ainda tinha uma filha de 16 anos, de outro relacionamento. Após a confirmação da morte do autor do feminicídio, várias mensagens foram deixadas nas redes sociais.
“Espero que quem for pegar o coração tenha mais amor e não mate a mãe de seu filho, quem pegar as córneas tenha mais visão e veja que tem mais mulheres no mundo e não precisa tirar a vida de ninguém pra dizer que é machão, nisso tudo tenho dó do filho que fica sem mãe e as lembranças de um pai covarde”, diz uma das postagens.
Andréia era professora e estava separada de Cléo há cerca de 1 mês, segundo a Polícia Civil. Também nas redes sociais, amigos, conhecidos e familiares lamentaram a morte da mulher. “Escutei os tiros uns 200 metros de casa [...] Eu tinha passado 1 hora antes no local do crime, meu Deus, ninguém tá seguro. Uma menina tão nova e linda... Deixa um filho, por que tanta violência?”, escreveu uma amiga.
Andréia estava em uma loja quando o homem entrou no estabelecimento, sacou o revólver e atirou várias contra ela, que tentou fugir, mas foi atingida. A mulher chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.
A PM apreendeu o revólver utilizado no assassinato. A procedência da arma é desconhecida, assim como a quantidade exata de disparos feitos contra a vítima. A polícia ainda informou que o homem acumula passagens por violência doméstica e desobediência.
Em nota, a Polícia Civil informou que um inquérito já foi aberto para apurar todas as circunstâncias do crime, “eventuais motivações e a dinâmica dos fatos, reunindo provas técnicas e testemunhais. A investigação segue em andamento”.
Responsável pelo caso, o delegado Daniel Godoy Danesi informou na manhã de quinta-feira, dia 14, que o autor não aceitava o término do relacionamento. “Diversas testemunhas já foram ouvidas, objetos foram apreendidos e são aguardados os laudos periciais para finalização do inquérito”, disse.
A vítima
Andréia era natural de Campo Erê e morava em Maravilha, onde trabalhava como professora no Centro Educacional Vereador Raymundo Veit, na rede municipal de ensino.
O município de Maravilha informou pelas redes sociais que o prefeito Vinicius Ventura decretou “luto oficial pelo trágico falecimento da professora”, com a suspensão das aulas na instituição de ensino onde ela trabalhava durante quinta-feira e sexta-feira, dias 14 e 15.
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