Tivi São Lourenço, 25 de julho de 2025
Segurança

'Amostradinhos do mês': Havan retira vídeos de supostos furtos em lojas após notificação da ANPD

Ação foi motivada por uma denúncia feita pelo Ministério Público de Santa Catarina. O objetivo é orientar a empresa para que esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados.

Por G1/SC

Atualizado em 24/07/2025 | 11:20:00

A rede de lojas Havan, do empresário Luciano Hang, retirou do ar publicações no Instagram que mostravam pessoas flagradas por câmeras de segurança supostamente cometendo furtos em suas unidades. A medida foi tomada após uma notificação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), enviada no fim de junho.

A ANPD reforça que se trata de um processo de fiscalização, e não de punição. O objetivo é orientar a empresa para que esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O g1 tenta contato com a Havan, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

A ação foi motivada por uma denúncia feita em maio pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que apontou possível violação ao direito à proteção de dados pessoais na série de vídeos conhecida como "amostradinhos do mês".

A empresa também foi orientada a atualizar sua política de privacidade, incluindo os dados de contato do responsável pelo tratamento de informações pessoais.

Segundo a ANPD, a Havan atendeu às exigências e apresentou defesa, que está sendo analisada pela equipe técnica. O caso será encaminhado ao Conselho Diretor da autoridade.

A sede da Havan fica em Brusque, em Santa Catarina, onde a empresa foi fundada. Atualmente, a rede conta com 190 lojas espalhadas por todo o Brasil.

Exposição polêmica

Desde 2024, a Havan passou a divulgar nas redes sociais vídeos que mostravam pessoas supostamente flagradas cometendo furtos em suas lojas. As publicações exibiam o rosto dos envolvidos e a cidade onde o caso ocorreu.

A iniciativa gerou grande repercussão na internet, misturando indignação e apoio por parte dos usuários. Nos vídeos, a loja destacava que, além de serem levadas à delegacia, as pessoas flagradas “ficavam famosas” nas redes sociais.

A empresa dizia que não podia “aceitar o errado como verdadeiro” e que coibir pequenos furtos era uma forma de evitar crimes maiores.

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