Um homem de 27 anos, acusado de matar Cleiver Daniel Rivas Jimenez, de 19 anos, a tiros no distrito de Marechal Bormann, em Chapecó, será levado a júri popular.

O crime ocorreu no fim da tarde de 24 de novembro de 2023 e teria sido motivado por ciúmes, já que a vítima teria se envolvido com a ex-companheira do acusado.

Homem que matou jovem a tiros será julgado em Chapecó

De acordo com a denúncia, o acusado viu a vítima, Cleiver Daniel Rivas Jimenez, nas proximidades da própria casa e, armado, se aproximou e começou a atirar.

Cleiver tentou fugir, mas foi atingido pelas costas e caiu. Em seguida, já com a vítima caída e sem chances de defesa, o acusado teria se aproximado e feito um disparo na cabeça do jovem, que morreu no local.

A perícia apontou como causa da morte um traumatismo crânio-encefálico provocado por disparo de arma de fogo. Após o crime, o suspeito fugiu levando a arma.

Segundo o Ministério Público, o homicídio foi qualificado por motivo fútil e pela dificuldade de defesa da vítima. Ainda de acordo com os autos, o acusado comandava o tráfico de drogas na região e contava com o envolvimento de adolescentes, inclusive a vítima, embora a polícia não tenha confirmado a participação direta de Cleiver nesse esquema.

Adolescente de 14 anos tentou assumir o crime

Outro ponto apontado na investigação é que, dias após o crime, o acusado teria convencido um adolescente de 14 anos a assumir a autoria do homicídio perante a Polícia Civil.

Segundo a denúncia, o adolescente se apresentou como responsável pelo crime, em uma tentativa de desviar o foco das investigações e garantir a impunidade do acusado.

Ponto de venda de drogas

A policial civil Renata Oro, que atuou na investigação, confirmou que o local onde o crime ocorreu era conhecido por ser ponto de venda de drogas. A casa onde o acusado vivia teria ligação com o tráfico e que ele exercia liderança sobre outros jovens.

A motivação do crime, conforme relatado em juízo, teria sido o envolvimento amoroso da vítima com uma mulher com quem o acusado já havia se relacionado.

O homem foi preso dias depois do crime e responde por homicídio qualificado, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menores e indução à falsa autoacusação.