Tivi São Lourenço, 28 de março de 2024
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Em Xanxerê, idosos recebem visitas semanais de cães da PM

Há seis meses, Roma, Margo e Aroldo ajudam na reabilitação, convivência e na saúde de quem vive no local.

Por G1/SC

Atualizado em 22/07/2019 | 09:13:00

Um projeto voluntário de terapia com cães tem levado alegria a um lar de idosos em Xanxerê, no Oeste catarinense. Há seis meses, Roma, Margo e Aroldo ajudam na reabilitação, convivência e, principalmente, na saúde de quem está no local.

O resultado da terapia com os cães é surpreendente. Amadeu, por exemplo, só conseguia se movimentar usando a cadeira de rodas, mas desde que passou a brincar com a Roma ele consegue caminhar. Os passos ainda são dados com alguma dificuldade, mas o esforço conta para superação de cada obstáculo.

"O cachorro faz com que eles se unam, né? Porque é um objetivo, é ficar junto com os cachorros. Então eles vêm aqui pra fora, fica todo mundo reunido, caminham, o que é mais importante: a locomoção deles melhorou bastante porque estimula, os cachorros caminham bastante, e eles vão junto", disse Silvia Maria Neckler, presidente do abrigo.

Vinte e cinco idosos estão acolhidos no lar. Por lá, todos adoram a experiência com os cães. Aos 72 anos, Osmar Sebenello, de 72 anos, não abre mão de nenhuma das atividades com os animais: brincar com a bolinha, levar para passear. "A gente gosta dos bichinhos. A gente se sente bem, né? Gosto muito deles", disse ele.

As atividades que deixam mais alegre o dia do Osmar são possíveis graças ao trabalho voluntário do policial militar Edemar da Silva. Ele é policial militar e há sete anos cuida do canil da PM em Xanxerê. Toda segunda-feira, ele passa na casa de amigos para buscar os cães que são certificados para as atividades funcionais e em seguida vai ao lar dos idosos para coordenar a terapia.

"Pra nós não tem nada que seja mais gratificante que isso. Ver eles recebendo a gente de braços abertos. E claro que a gente traz aqui, vem ajudar mas a gente sai daqui renovado, porque a alegria e o carinho que os idosos repassam pra mim e pros cães também é algo que não tem como mensurar", falou.

O gesto voluntário do Edemar enche de amor o ambiente. "Infelizmente, alguns dos nossos idosos são mais carentes, mais carentes de atenção, mais carentes de carinho, e eles conseguem ter essa retribuição quando vêm os cachorros. Eles conseguem transmitir isso. Infelizmente, alguns não têm família, então eles depositam esse sentimento com as outras pessoas e com os próprios cachorros", disse Silvia.

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